Crescimento populacional e avanço econômico elevam demanda por água, aponta pesquisa do Instituto Trata Brasil.
Em 2050, o Brasil poderá enfrentar uma redução significativa no abastecimento de água, com uma média de 12 dias sem água suficiente para atender à demanda nacional. Essa projeção é resultado de uma pesquisa do Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante, que analisa o cenário de escassez hídrica no país.
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A pesquisa indica que a demanda por água tratada deverá aumentar em 59,3% em comparação com 2023, impulsionada por fatores como o crescimento populacional, o avanço econômico e o aumento das temperaturas. A expectativa é que a temperatura máxima eleve-se em cerca de 1°C e a mínima em 0,47°C.
Além disso, a pesquisa aponta para uma diminuição na frequência de chuvas e um aumento na intensidade das precipitações. Essa combinação de fatores resultará em um adicional de 12,4% no consumo de água, o que representa um acréscimo de 3,515 bilhões de metros cúbicos por ano.
A pesquisa revela que 40,3% da produção de água tratada atualmente é desperdiçada, totalizando 7 bilhões de metros cúbicos por ano. Esse volume perdido se deve a ligações clandestinas e falhas de operação no sistema.
Enquanto o país como um todo enfrentará uma média de 12 dias sem água, as regiões Nordeste e Centro-Oeste podem ter uma disponibilidade superior, com mais de 30 dias de racionamento. Essa situação pode gerar consequências graves para a saúde e a qualidade de vida da população, conforme destaca a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto.
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A pesquisa indica que as mudanças climáticas podem reduzir em 3,4% a disponibilidade de água ao longo do ano. É fundamental agir agora para promover a eficiência e preparar o país para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
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