Inauguração do Centro de Robótica no SUS: Avanço no Tratamento do Câncer! O Inca lidera na formação e certificação em cirurgia robótica no SUS. Saiba mais!
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) inaugurou recentemente o Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica, marcando o primeiro sistema do Sistema Único de Saúde (SUS) dedicado à formação e certificação em cirurgia robótica. A tecnologia tem ganhado espaço em hospitais públicos e privados de alta complexidade, consolidando-se como uma inovação importante no tratamento do câncer no Brasil.
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A cirurgia robótica consiste em um procedimento cirúrgico guiado por um robô. Essa técnica permite que o cirurgião realize movimentos com maior precisão e amplie o campo visual em até dez vezes, de forma minimamente invasiva. “Devido às incisões menores, proporciona menos dor no pós-operatório, reduz o risco de infecções, diminui o tempo de internação e permite uma recuperação mais rápida”, explica o cirurgião oncológico Felipe Conde, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) com atuação na Oncologia D’Or, à CNN Brasil.
Além da precisão, a visão ampliada e a capacidade dos instrumentos robóticos permitem que o cirurgião realize dissecações mais delicadas das estruturas, impactando diretamente na qualidade do procedimento e na redução das chances de recidiva.
Em muitos tumores, especialmente no aparelho digestivo, há evidências de que a robótica melhora resultados oncológicos quando comparada a técnicas convencionais.
A cirurgia robótica já é utilizada há mais de uma década no país. Desde 2012, o Inca realizou mais de 2.050 procedimentos para o tratamento de câncer em especialidades como urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, abdômen e tórax. Atualmente, a cirurgia robótica é recomendada para praticamente todos os tipos de tumores com indicação cirúrgica minimamente invasiva.
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Ela já é amplamente utilizada em: Câncer de próstata; Cirurgia torácica; Cabeça e pescoço, incluindo tireoide; Aparelho digestivo, especialmente em câncer de reto, onde estudos demonstram redução de recidiva; Câncer de pâncreas; Câncer de estômago.
No Brasil, há um crescimento expressivo da cirurgia robótica no setor privado, mas ainda há baixa disponibilidade no sistema público de saúde, devido ao custo. Os robôs cirúrgicos são importados, e as pinças e acessórios precisam ser trocados periodicamente, também com alto custo.
Até o ano passado, a tecnologia era protegida por patente, o que encarecia ainda mais os equipamentos. Apesar disso, já existem centros públicos que utilizam robótica, como o IEC (Instituto Evandro Chagas) e a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
No setor privado, a adoção cresce ano a ano, com hospitais investindo em estrutura e treinamento. As perspectivas para o futuro são muito positivas. Com o fim das patentes e a chegada de novos robôs, o mercado tende a se tornar mais competitivo, reduzindo custos e ampliando o acesso.
Neste ano, chegou ao Brasil o TOUMAI, um robô cirúrgico desenvolvido pela empresa chinesa Medbot, pertencente ao grupo Microport. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2024, o TOUMAI já está presente em duas instituições brasileiras: o Hospital 9 de Julho, em São Paulo, e o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.
O TOUMAI foi criado em 2014 e realizou a primeira cirurgia robótica em Xangai, na China, em 2019, tornando-se um importante concorrente do Da Vinci, sistema que, até o momento, domina o campo de cirurgia robótica.
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