STJ remarca julgamento do governador do Acre, Cameli, para dezembro de 2025. Acusações de corrupção e desvio de recursos públicos são investigadas.
A Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a remarcação da data do julgamento do governador do Acre, Cameli (PP), para 3 de dezembro de 2025. A decisão foi tomada pela Corte Especial do STJ, seguindo a recomendação do ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) para adiantar o caso em 15 dias.
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A data de 19 de novembro de 2025 foi definida para a próxima sessão ordinária da Corte Especial.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Cameli foi aceita em maio de 2024, incluindo acusações de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A acusação envolve um esquema de superfaturamento em um contrato de R$ 24,3 milhões com a empresa Murano, sediada em Brasília, para serviços de manutenção predial.
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou sobrepreços significativos, levando à denúncia da PGR.
A investigação, originada da operação Ptolomeu conduzida pela Polícia Federal em 2019, aponta para uma organização criminosa liderada pelo governador Cameli. A denúncia da PGR detalha o esquema, que envolveu a adesão da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do Acre a uma ata de registro de preços vencida pela Murano, além da atuação da Rio Negro Construções, empresa do irmão do governador.
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As acusações incluem a formação de uma sociedade em conta de participação para ocultar o envolvimento familiar e o desvio de recursos.
A defesa do governador Cameli alega que ele é alvo de perseguição pela Polícia Federal e que a investigação é enviesada. Em depoimentos, o governador negou qualquer envolvimento em sua atuação no Executivo Estadual e afirmou receber ajuda financeira de seu pai.
A defesa também ressaltou o direito do governador de ser ouvido formalmente pela Justiça, após a primeira vez que ele foi oficialmente ouvido.
Com a remarcação do julgamento para dezembro de 2025, a defesa do governador Cameli terá mais tempo para preparar sua estratégia de defesa, enquanto a PGR e a Polícia Federal continuarão a investigar o caso. O julgamento promete ser um processo complexo, envolvendo diversas questões jurídicas e financeiras, e com o objetivo de determinar a responsabilidade do governador em um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos.
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