Ministro Alexandre de Moraes decreta prisão preventiva de Silvinei Vasques no Paraguai, após rompimento de tornozeleira e descumprimento de medidas cautelares do STF
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. A detenção ocorreu nesta sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, no aeroporto de Assunção, no Paraguai, durante sua passagem para El Salvador.
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A decisão foi motivada pelo rompimento da tornozeleira eletrônica utilizada por Vasques e pelo descumprimento de outras medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal.
A tornozeleira eletrônica perdeu o sinal de GPS na madrugada de 25 de dezembro e, posteriormente, também a comunicação via GPRS (General Packet Radio Service). A Polícia Federal realizou diligências no endereço de Silvinei Vasques em São José (SC), mas não o localizou.
Segundo o relatório, Vasques deixou o prédio na noite de 24 de dezembro, conduzindo um carro alugado com bolsas, objetos pessoais e um cachorro, e não retornou. O apartamento estava trancado no momento da verificação.
“Pode-se afirmar que o réu esteve no local pelo menos até as 19h22min do dia 24/12/2025. Pela sequência de imagens (…) colocou bolsas no porta-malas do carro (…) colocou mais coisas no banco de trás (…) carregando potes comedouros (…) e conduzindo um cachorro (…) e saiu”, escreveu.
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Para o ministro Alexandre de Moraes, os elementos reunidos indicam fuga e tentativa de se furtar à aplicação da lei penal. O ministro afirmou que o descumprimento das medidas cautelares, sem justificativa, autoriza a conversão das restrições em prisão preventiva, conforme a jurisprudência do STF.
“A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva”, afirmou Moraes.
Silvinei Vasques havia obtido liberdade provisória em agosto de 2024, mediante o cumprimento de medidas como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, entrega de passaportes e proibição de deixar o país. Na ocasião, Moraes advertiu que qualquer violação resultaria na decretação da prisão.
O ex-diretor da PRF está sendo julgado pela 1ª Turma do STF por 24 anos e 6 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A decisão também determinou o pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, a perda do cargo público e a comunicação ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para fins de inelegibilidade.
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