O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, declarou que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode resultar em duas situações: a revogação da tarifa de 40% imposta pelos EUA a produtos brasileiros ou no avanço das negociações para sua eliminação. A declaração foi feita em entrevista à Record.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Prioridades da Conversa

De acordo com Alckmin, o presidente Lula solicitou a Trump que, durante as negociações, a tarifa de 40% seja suspensa. Essa estratégia visa acelerar o processo de remoção da barreira tarifária. A conversa telefônica entre os dois presidentes ocorreu em 6 de outubro.

Agenda da Cúpula da ASEAN

O encontro entre os líderes ainda não foi formalmente confirmado, mas o governo brasileiro demonstra otimismo e busca concretizá-lo no domingo (26), durante a 47ª Cúpula de chefes de Estado da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que será realizada em Kuala Lumpur, na Malásia.

Lula chegará à Malásia no sábado (25) para uma visita oficial de Estado. No domingo (26), participará da cúpula e terá a tarde dedicada a reuniões bilaterais. A única reunião confirmada é com o presidente da Índia, Narendra Modi.

Reafirmação da Dignidade Nacional

Antes de embarcar para a Malásia, Lula afirmou que o Brasil não cedeu diante das críticas de Trump, ressaltando o caráter e a dignidade da nação brasileira. Ele enfatizou que, mesmo não possuindo a mesma grandiosidade dos Estados Unidos, o Brasil possui qualidades que o transformam em uma nação.

Leia também:

Lula visita a Indonésia e inicia tour pela Ásia

Lula lança programa de R$ 170 mi para guardas municipais

Governo Lula lança vídeo com gatinho e Teletubbies contra bets

A possível reunião com Trump tem sido analisada desde setembro, quando os dois presidentes se encontraram na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Os governos têm trabalhado para viabilizar o encontro.

Foco nas Relações Comerciais

Outra questão em pauta é a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, do STF. No entanto, segundo interlocutores do Planalto, o foco atual é a questão do comércio entre os países.