Oposição critica ordem de Moraes e classifica como “ato contra a democracia”. Zucco denuncia “decisão arbitrária” que leva Bolsonaro à PF.
A oposição na Câmara dos Deputados, liderada pelo deputado Zucco (PL-RS), classificou como um “ato direto contra a democracia” a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, no sábado (22.nov.2025).
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A ordem foi justificada sob a alegação de “manter a ordem pública”. Bolsonaro encontrava-se em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
O documento da oposição considera a medida uma “escalada de decisões arbitrárias” e afirma que ela “afronta a Constituição, a lógica jurídica e a própria humanidade”. A nota ressalta que o ex-presidente “nunca cometeu crime” e “sempre se colocou à disposição das autoridades”.
O comunicado também destaca que Bolsonaro enfrenta problemas de saúde e sequelas decorrentes da facada sofrida em 2018, incluindo crises de soluço e episódios de vômito, além de limitações físicas.
Deputados da oposição estão se deslocando para Brasília para acompanhar o caso e prestar apoio a Bolsonaro e sua família.
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A nota critica o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusando-o de ter uma conduta “arbitrária”.
A íntegra da nota declara: “Recebemos, com profunda indignação e tristeza, a notícia da prisão do presidente Jair Bolsonaro. É impossível descrever o que sentimos: revolta, perplexidade e um senso de injustiça que ultrapassa qualquer limite aceitável dentro de um Estado de Direito.
Prender um ex-chefe de Estado que nunca cometeu crime, que sempre se colocou à disposição das autoridades, e que hoje enfrenta um quadro de saúde gravíssimo, é simplesmente abominável. Bolsonaro sofre as sequelas permanentes da facada que quase o matou — sequelas que se agravaram recentemente, com cirurgias delicadas, crises de soluço, episódios de vômito e limitações físicas severas.
Submeter um ser humano nessas condições a um regime fechado não é apenas injusto: é desumano. Se algo acontecer ao presidente sob a custódia do Estado, essa responsabilidade será direta, objetiva e inesquecível. Nós, da oposição, estamos nos deslocando imediatamente a Brasília — eu incluso — para acompanhar de perto este momento sombrio e para prestar todo o apoio possível ao presidente Bolsonaro e à sua família.
Não ficaremos calados. Não aceitaremos que o Brasil seja transformado em um país onde a vingança política suplanta a lei, onde decisões monocráticas se sobrepõem às garantias constitucionais, e onde opositores são tratados como inimigos. O que fizeram hoje com Bolsonaro é um ataque direto à democracia, à alternância de poder e à própria civilização.
Mas deixamos aqui um compromisso inabalável: vamos resistir. Permaneceremos unidos, firmes e vigilantes. O legado do presidente Bolsonaro — sua coragem, sua força e sua liderança — permanece vivo em milhões de brasileiros, e em todos nós que fazemos oposição.
Nós não vamos desistir.”
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