Retomada de Testes Nucleares dos EUA Irrita a Rússia e China

O presidente americano, Donald Trump, ordenou, nesta quinta-feira (30), a retomada dos testes de armas nucleares dos Estados Unidos, após anúncios do líder russo, Vladimir Putin, sobre o desenvolvimento de novas capacidades atômicas russas. A medida concisa de Trump pareceu ser uma demonstração de força, minutos antes do encontro em Busan, na Coreia do Sul, com seu homólogo chinês, Xi Jinping.

A alegação é refutada por estatísticas do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri).

Reação Russa

Moscou esclareceu que se tratava de testes de armas capazes de transportar uma ogiva nuclear, e não de bombas nucleares propriamente ditas. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que não considerava os testes do Poseidon e do Burevestnik como testes nucleares.

Reação da China

A China instou os Estados Unidos a respeitarem “seriamente” a proibição de testes nucleares e a tomarem “medidas concretas para preservar o sistema global de desarmamento e a não proliferação nuclear”.

Detalhes dos Testes

Trump não especificou a natureza dos testes anunciados, ou seja, se seriam ensaios de ogivas nucleares, algo que os Estados Unidos não fazem desde 1992, ou sistemas capazes de transportar uma carga atômica. De todo modo, Washington é signatário do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares desde 1996, portanto qualquer teste de ogivas constituiria uma violação flagrante do acordo.

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Contexto Global

A retórica nuclear retornou à diplomacia global desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. A ameaça de uma arma definitiva é uma das ferramentas recorrentes de Moscou, que ordenou, imediatamente após o início da guerra, que “as forças de dissuasão do Exército russo fossem colocadas em estado de alerta especial de combate”.

Conclusão

A retomada dos testes nucleares dos Estados Unidos, em meio a tensões geopolíticas e à escalada de ameaças nucleares, reacende preocupações sobre a segurança global e a necessidade de um renovado compromisso com o desarmamento nuclear.