Trump anuncia apreensão de navio-petroleiro na Venezuela; Maduro denuncia “roubo descarado” e “pirataria internacional”.
O presidente realizou a apreensão de um navio-petroleiro em 10 de maio, durante a apreensão de um grande petroleiro, o maior já apreendido. A operação foi classificada como “roubo descarado” pelo governo de um país. “Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um grande petroleiro, o maior já apreendido, na verdade”, disse Trump a jornalistas durante evento na Casa Branca.
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O navio-tanque foi utilizado durante anos por Venezuela e Irã para transportar petróleo, apesar das sanções internacionais contra os dois países, detalhou a procuradora-geral dos , Pam Bondi, em uma mensagem posterior na rede X.
A publicação está acompanhada de um vídeo no qual é possível ver um grupo de militares descendo de helicópteros e abordando o navio em alto-mar.
Responsável por uma forte campanha contra o governo de Nicolás Maduro desde que voltou à Casa Branca, Trump acrescentou: “assumo que ficaremos com o petróleo.”
“A Venezuela denuncia e repudia energicamente o que constitui um roubo descarado e um ato de pirataria internacional”, afirmou a chancelaria venezuelana.
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Trump considerou que os dias de Maduro estavam “contados” em uma entrevista recente ao site Politico.
O principal recurso da Venezuela é o petróleo, que está submetido a um embargo, o que obriga o país sul-americano a colocar sua produção no mercado paralelo a preços consideravelmente mais baixos, destinada principalmente a países asiáticos.
Washington também acusa o governo Maduro de ser um regime “narcoterrorista” e, por isso, iniciou uma campanha militar para destruir o que apresenta como lanchas carregadas de drogas no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico.
A operação, realizada com um inédito destacamento naval e aéreo, inclui o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford.
Até agora, a campanha contabiliza mais de 20 ataques e ao menos 87 mortos.
Enquanto Trump anunciava a apreensão, Maduro participava de um ato diante de uma multidão de apoiadores em Caracas. “Da Venezuela pedimos e exigimos o fim do intervencionismo ilegal e brutal do governo dos Estados Unidos na Venezuela e na América Latina”, declarou o líder chavista.
‘Ficar esperto’
O anúncio desafiador de Trump ocorreu depois de a filha da principal opositora venezuelana, María Corina Machado, receber em Oslo o Prêmio concedido à sua mãe.
A opositora, na clandestinidade desde as eleições de 2024, não conseguiu deixar a Venezuela a tempo de receber pessoalmente o prêmio nesta quarta-feira, e chegou um dia depois a Oslo, anunciou o Comitê Nobel.
Corina Machado deve, em princípio, retornar ao país após sua agenda e homenagens na capital norueguesa.
“Não seria do meu agrado que ela fosse detida, eu não ficaria feliz”, declarou Trump em resposta a perguntas de jornalistas na Casa Branca.
Outra fonte de tensão na região é a relação com a Colômbia, que por décadas foi o principal aliado dos Estados Unidos na luta antidrogas na América Latina, mas agora enfrenta abertamente Washington.
O presidente colombiano “vai se meter em grandes problemas se não ficar esperto”, declarou o republicano de 79 anos.
“A Colômbia está produzindo um monte de drogas”, afirmou.
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