O clube de futebol São Paulo confirmou que dois atletas do seu elenco profissional utilizaram o medicamento Mounjaro após avaliação clínica específica. A informação veio à tona após uma reportagem do portal UOL.

Negação Inicial e Apuração

Em comunicado ao Poder360, o clube inicialmente negou qualquer ligação entre o uso do medicamento e o aumento de lesões na equipe. A administração do Mounjaro, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento de diabetes e controle de peso, foi feita de forma individualizada e pontual, segundo o clube.

Contexto Interno e Divergências

A confirmação do uso do medicamento ocorreu após a apuração do UOL, que revelou que a prescrição do Mounjaro foi feita em um momento de divergências internas no departamento médico do clube. Profissionais da área de saúde apresentavam discordâncias sobre protocolos de tratamento, nutrição e prevenção de lesões, além de falhas na integração entre os núcleos médicos.

Declarações e Critérios Clínicos

O médico Rauen, que atuava no clube desde 2025, indicou o uso do medicamento a dois jogadores do elenco profissional. Em entrevista ao UOL, Rauen afirmou que a prescrição seguiu critérios clínicos previstos em bula e foi indicada para atletas com Índice de Massa Corporal (IMC) elevado associado a comorbidades.

Ele também declarou que o medicamento pode ser adquirido em farmácias brasileiras ou por importação regular autorizada pela Anvisa, mediante prescrição médica.

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Suporte à Prescrição e Mudanças no Departamento Médico

A diretoria do São Paulo afirmou que respalda o trabalho de Rauen e não vê irregularidades na conduta adotada. O clube reconheceu que a reformulação recente do departamento médico não está relacionada à prescrição do medicamento, mas a problemas estruturais e de alinhamento entre as áreas.

O clube anunciou mudanças no departamento médico para a temporada de 2026, com demissões e reestruturação de processos.

Dados sobre Lesões e Declarações Finais

Um levantamento realizado em novembro de 2025 mostrou que 24 dos 33 jogadores do elenco profissional do São Paulo passaram pelo departamento médico ou sofreram algum tipo de lesão ao longo da temporada, representando 72,7% do grupo. O clube não detalhou os tipos específicos de lesões nem indicou a existência de um padrão que indicasse uma causa comum.

O São Paulo reiterou que “preza pela saúde de seus atletas em todas as categorias” e que todas as condutas adotadas por seus profissionais seguem as normas éticas e a legislação vigente.