Rodrigo Bacellar depõe à Polícia Federal; suspeitas envolvendo TH Joias ganham destaque. Ministro Alexandre de Moraes preside o depoimento. Investigação apura contato entre Bacellar e TH Joias
Em depoimento à Polícia Federal, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, confirmou ter mantido contato com o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, um dia antes da operação que resultou em sua prisão.
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O depoimento, divulgado pela TV Globo e exibido neste domingo (7 de dezembro de 2025), ocorreu sob a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Baccellar afirmou que conheceu TH Joias após o ex-deputado assumir seu mandato, declarando: “Nunca, nunca o tinha visto na vida. Nunca”. Ele justificou o contato como institucional, ressaltando que, como presidente do Parlamento, é necessário atender a todos os membros.
No entanto, a PF encontrou mensagens frequentes e informais entre os dois.
Na véspera da operação, TH Joias enviou vídeos com peças de picanha em freezers e fez brincadeiras sobre “roubar a carne”. Em outra mensagem, perguntou diretamente se seria alvo de alguma operação. Bacellar respondeu com figurinhas. Ao ser questionado sobre o conteúdo, ele afirmou que o ex-deputado queria “tirar uma geladeira”, o que o levou a chamá-lo de “doido”.
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Após a operação, agentes da PF retiraram objetos da residência de TH Joias e, na manhã seguinte, encontraram fotos do ex-deputado com agentes da PF dentro de sua casa. Bacellar se surpreendeu com a atitude de TH Joias, descrevendo-o como “maluco”.
Questionado sobre não ter alertado nenhuma autoridade sobre a suspeita de operação, Bacellar respondeu que “não procurou absolutamente ninguém” e que “não está aqui para entregar colega”. Ele também afirmou que não sabia do histórico criminal de TH Joias, mesmo com relatos sobre o envolvimento do ex-deputado com o Comando Vermelho e outras suspeitas.
Durante o depoimento, R$ 90 mil em espécie foram encontrados no carro de Bacellar. Ele se reservou o direito de apresentar provas posteriormente. A CCJ da Alerj deve analisar se mantém ou não a prisão preventiva de Rodrigo Bacellar, o que determinará os próximos passos políticos do caso.
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