Crescimento do PIB e Desaceleração do Consumo no Terceiro Trimestre

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda atribui a desaceleração do consumo às famílias à medida que os mercados de trabalho e de crédito enfrentam um período de retração, em resposta às medidas restritivas da política monetária.

Essa avaliação acompanha os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (4). O IBGE registrou uma redução no consumo familiar, passando de 1,8% para 0,4% no período entre o segundo e o terceiro trimestre.

Essa desaceleração se manifestou em uma diminuição no consumo de bens duráveis e não duráveis, além de um ritmo mais lento nas compras de produtos semiduráveis e de serviços, com destaque para a redução nos gastos com produtos importados. O PIB apresentou um crescimento de 0,1% na comparação com o segundo trimestre, um resultado inferior à expectativa do mercado, que previa uma alta de 0,2%.

O setor de serviços, que representa uma parcela significativa da economia, também registrou uma desaceleração, passando de 0,3% para 0,1%. Essa redução contribuiu para o desempenho aquém do esperado do PIB no terceiro trimestre. A Secretaria de Política Econômica avalia que, apesar da desaceleração, a expectativa de crescimento positivo no quarto trimestre permanece, impulsionada por uma leve melhora no desempenho do setor de serviços.

O PIB totalizou R$ 3,2 trilhões no terceiro trimestre, com R$ 2,7 trilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 449,3 bilhões em impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Em comparação com o mesmo período de 2024, o PIB apresentou um crescimento de 1,8%, superando a expectativa de alta de 1,7%, devido à revisão para cima dos dois primeiros trimestres do ano, nos quais o PIB cresceu de 2,9% para 3,1% e de 2,2% para 2,4%, respectivamente.

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O setor agro contribuiu significativamente para essas revisões.