Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, reuniu-se com os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, antes de participar de manifestação na Avenida Paulista, a partir das 15h. O senador Rogério Marinho, líder do PL no Senado, também está no encontro, que ocorre no Palácio dos Bandeirantes. O tema não foi adiantado, mas se espera que sejam discutidos o avanço do projeto de lei da anistia no Congresso, o julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) e as eleições de 2026.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não declarou sua presença na reunião no Palácio dos Bandeirantes. Na manhã, ele acompanhou Tarcísio no desfile cívico-militar de 7 de Setembro no Sambódromo do Anhembi.
Tarcísio é considerado herdeiro provável de Jair Bolsonaro caso o ex-presidente não consiga superar a inelegibilidade, determinada pelo TSE em junho de 2023. A posição do principal líder da direita poderá se agravar a partir de terça-feira (9), quando o Supremo retomará o julgamento da suposta trama golpista. Aliados de Bolsonaro acreditam que a condenação é irreversível. Até por isso, tentam beneficiá-lo no projeto de anistia, mas encontram resistência no Congresso, mesmo com lideranças do Centrão.
Este será o primeiro encontro de Tarcísio de Freitas com a família Bolsonaro desde a visita a Jair logo após a decisão do STF de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente. Ministro da Infraestrutura na gestão Bolsonaro, o governador de São Paulo inicialmente enfrentou resistência da família de seu padrinho político, devido à sua postura reservada em relação à anistia. Carlos e Eduardo Bolsonaro fizeram críticas contundentes ao aliado, alegando falta de lealdade. Tarcísio não respondeu e buscou um acordo com outros governadores de direita para evitar novas desavenças.
A união do discurso evidenciou a pressão que a família Bolsonaro enfrentava diante do julgamento no STF, a prisão domiciliar e a saúde debilitada. Após a turbulência, Tarcísio absorveu as críticas, tornou-se a chave e iniciou a articulação da anistia junto ao Congresso. Inclusive com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de quem é colega de partido no Republicanos. Essa mudança de postura foi interpretada por aliados como positiva para sua relação com os Bolsonaros. Assim, ele não recebe novas críticas e mantém uma boa relação com os eleitores do ex-presidente.
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Esta semana, Flávio Bolsonaro fez uma declaração favorável a Tarcísio, afirmando que o governador “entrou de cabeça” no projeto de anistia e solicitando um encontro nos próximos dias. Os demais irmãos cessaram fogo contra o aliado.
Com informações de Beatriz Manfredini
Fonte por: Jovem Pan