Após vinte anos de disputas, as empresas Mastercard e Visa anunciaram um acordo com associações de varejistas. A ação judicial, iniciada em 2005, acusava as duas redes de cartão, juntamente com grandes bancos, de cobrar taxas excessivamente altas para processar pagamentos com cartão de crédito.

O principal ponto da negociação envolvia as taxas de transação, que variavam tradicionalmente entre 2% e 2,5%.

Redução nas Taxas de Transação

Sob o novo acordo, Mastercard e Visa se comprometeram a reduzir essas taxas em 0,1 ponto percentual durante um período de cinco anos. Para os consumidores, isso significa que as taxas mais comuns seriam limitadas a 1,25% por um período de oito anos, representando uma diminuição superior a 25% em relação às taxas anteriores.

Flexibilidade para Varejistas

Além da redução nas taxas, os varejistas ganharão maior flexibilidade para definir sobretaxas em pagamentos realizados com cartão. A expectativa é que o acordo traga um alívio significativo para empresas de todos os portes, permitindo que controlem melhor as opções de pagamento oferecidas aos seus clientes.

Resistência e Preocupações

Apesar do acordo, algumas associações de varejistas expressam ceticismo. A National Retail Federation (NRF) e a Merchants Payments Coalition argumentam que, mesmo com a redução, os comerciantes ainda enfrentarão custos elevados, especialmente ao aceitar cartões com programas de recompensas, que são populares entre os consumidores.

Leia também:

Embraer Recebe Investimento de R$ 200 Milhões para eVTOLs e Eve na B3

Jair Bolsonaro Declara Candidatura Inegociável e Busca Tranquilizar Ibovespa

CVM prorroga Regime Fácil para abertura de capital de empresas na B3

A NRF destaca que a proibição de aceitar determinados cartões pode impactar negativamente as vendas.

Dados sobre Taxas de Transação

As taxas de transação, também conhecidas como taxas de intercâmbio, representaram um volume significativo nos Estados Unidos. Em 2024, essas taxas totalizaram US$ 111,2 bilhões, um aumento em relação aos US$ 100,8 bilhões registrados em 2023. Esse valor é quatro vezes maior do que o registrado em 2009.