Estudos genéticos revolucionam a história da relação entre gatos e humanos. Descoberta: domesticação felina iniciou-se no norte da África, não no Levante.
Estudos recentes desafiam a visão tradicional, indicando que a relação entre gatos e humanos não se iniciou no Levante, região associada ao surgimento da agricultura. Pesquisas genéticas apontam que a domesticação dos felinos teve origem no norte da África, aproximadamente entre 3.500 e 4.000 anos atrás.
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Essas descobertas surgiram da análise do DNA de ossos arqueológicos encontrados em sítios da Europa, África e Turquia.
Os dados foram comparados ao genoma dos gatos modernos, revelando que todos os gatos domésticos atuais compartilham um ancestral comum: o gato selvagem africano. Essa nova informação altera significativamente a compreensão da evolução da relação entre humanos e felinos.
A chegada dos gatos à Europa ocorreu cerca de 2.000 anos após o início da domesticação. Segundo o estudo, essa migração foi facilitada pelos romanos, que utilizaram os felinos para controlar infestações de pragas em suas colônias.
Após a Europa, os gatos seguiram pela Rota da Seda, alcançando a Ásia, onde já existia uma outra espécie felina em contato com humanos: o gato leopardo asiático. Essa espécie selvagem se beneficiava da presença humana em assentamentos na China, mas não foi domesticada.
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A relação entre gatos e humanos, de acordo com os cientistas, era de tipo comensal, caracterizada por uma proximidade sem prejuízo mútuo entre as espécies. Essa dinâmica se distingue da domesticação, que envolve uma alteração comportamental mais profunda.
O gato leopardo asiático deu origem à raça Bengal, resultante de cruzamentos com gatos domésticos. Essa nova espécie híbrida, reconhecida nos anos 1980, exibe uma aparência selvagem, mas com comportamento adaptado à vida em ambientes domésticos.
O cenário descrito encontra eco nos registros históricos do Egito Antigo, onde os gatos eram reverenciados, representados na arte e até mesmo mumificados. Sua função como predadores os tornava essenciais nas sociedades da época.
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