Estados Unidos reafirmam não impor acordos à Ucrânia em negociações em Miami. Diálogos buscam encerrar guerra com Rússia, mas Putin mantém ofensiva.
O Secretário de Estado americano, em declarações nesta sexta-feira (19), afirmou que não há intenção de impor acordos à Ucrânia. As declarações ocorrem em meio a conversas em Miami, com a participação de países europeus, buscando encerrar a guerra com a Rússia.
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Os diálogos, previstos para se estender até o fim de semana, seguem após o presidente russo, Vladimir Putin, ter prometido prosseguir com a ofensiva militar, afirmando que o fim do conflito depende de Kiev e de seus parceiros ocidentais.
Os enviados do presidente russo promoveram um plano que ofereceria garantias de segurança à Ucrânia, porém, essa proposta exigiria que Kiev cedesse parte de seu território, uma opção rejeitada por muitos ucranianos. O Secretário de Estado ressaltou que os Estados Unidos não têm a capacidade de obrigar a Ucrânia a aceitar um acordo de paz, nem a Rússia a chegar a um acordo.
O Secretário de Estado pode participar dos diálogos em Miami neste sábado (20). Steve Witkoff e Jared Kushner, representando o presidente Trump, lideram as conversas, que incluem o principal negociador ucraniano, Rustem Umerov, e funcionários de alto escalão do Reino Unido, França e Alemanha.
Funcionários russos e americanos devem se reunir separadamente na Flórida no fim de semana.
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Rustem Umerov publicou em redes sociais que conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, após as negociações em Miami. “Concordamos com nossos parceiros americanos sobre os próximos passos e a continuação do trabalho conjunto em um futuro próximo.
Estamos agindo claramente em linha com as prioridades definidas pelo presidente: a segurança da Ucrânia deve ser garantida de forma confiável e a longo prazo.”
Apesar da intensa atividade diplomática, os ataques russos contra a Ucrânia não cessaram. Sete pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um ataque com míssil balístico na região de Odessa, no Mar Negro, informou hoje o governador local. Vladimir Putin declarou que “a bola está agora totalmente” no campo de Kiev e seus aliados.
Ele também afirmou que, se a Ucrânia realizar eleições presidenciais, poderá ordenar a suspensão dos lançamentos de mísseis de longo alcance e dos bombardeios com drones durante o dia da votação.
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