DPU Solicita Rejeição da Denúncia contra Deputado no STF
A Defensoria Pública da União (DPU) protocolou nesta sexta-feira, 31 de outubro de 2025, ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o deputado federal (PL-SP).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A manifestação foi enviada à Corte após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a defensoria assumisse a defesa do parlamentar, que se encontra nos Estados Unidos e não havia constituído advogado para se defender das acusações.
Argumentos da DPU
Para a DPU, a acusação contra Eduardo se baseia em manifestações públicas e constitui “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”. A defensoria argumentou que “as sanções econômicas mencionadas na denúncia foram aplicadas pelo governo dos Estados Unidos, não pelo denunciado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Atos de governo estrangeiro são expressão de soberania nacional e não decorrem de determinação de parlamentar brasileiro”.
Contexto da Investigação
O deputado está acusado de fomentar as sanções comerciais do governo do presidente Donald Trump contra as exportações brasileiras, a aplicação da Lei Magnitsky e a suspensão de vistos dos ministros do STF e integrantes do governo federal. Eduardo deixou o Brasil em fevereiro deste ano e solicitou licença do mandato de 120 dias, que terminou no dia 20 de julho.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Riscos de Cassação
Ao não comparecer às sessões da Câmara, o deputado poderá ser cassado por faltas. A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente e Eduardo por coação no curso do processo sobre a tentativa de golpe de Estado. O indiciamento se deu no inquérito que apura a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde ele teria articulado medidas de pressão e sanções contra autoridades brasileiras.
Investigação e Alvos
A investigação foi aberta em maio por determinação de Moraes. O relatório final da PF concluiu que Bolsonaro e o filho, com apoio do jornalista Paulo Figueiredo e do pastor Silas Malafaia, atuaram para interferir na investigação que apura a trama para impedir a posse do presidente (PT).
Segundo a PF, as ações de Eduardo e dos demais investigados têm como alvo direto instituições democráticas, principalmente o STF e o Congresso Nacional, para submetê-las a interesses pessoais.
