Crianças usam IA para estudar e lidar com emoções, aponta pesquisa

Cetic.br aponta queda no acesso à Internet em escolas e aumento da exposição a publicidade online.

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Uso de Inteligência Artificial por Crianças e Adolescentes no Brasil

Quase dois terços dos usuários de Internet brasileiros, com idades entre nove e 17 anos, já incorporaram ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa em suas rotinas. Essa constatação é um dos destaques da 12ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025, lançada nesta quarta-feira pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), departamento do NIC.br.

Principais Descobertas da Pesquisa

A pesquisa revela que 59% das crianças e dos adolescentes nessa faixa etária recorrem à tecnologia para realizar pesquisas escolares ou estudar. Outros usos incluem a procura por informações (42%), a criação de conteúdo, como textos e imagens (21%), e, até mesmo, conversas sobre problemas pessoais ou emoções (10%).

Crescimento do Uso da IA com a Idade

O uso da IA generativa cresce com a idade. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a presença dessas ferramentas é significativamente maior do que entre crianças de 9 a 10 anos, variando de 68% para estudos (contra 37% dos mais novos) a 12% para conversas sobre questões pessoais (contra 4%).

Acesso à Internet e Plataformas Digitais

A pesquisa também revela que o WhatsApp é a plataforma digital acessada com maior frequência (“várias vezes ao dia”) por 53% dos usuários de 9 a 17 anos, seguido de perto por YouTube (48%), Instagram (48%) e TikTok (46%). Quase a totalidade (99%) dos jovens de 15 a 17 anos possui perfil em, ao menos, uma plataforma investigada.

Exposição a Conteúdo Mercadológico

Em relação a atividades multimídia, pela primeira vez a pesquisa investigou os tipos de vídeos mais assistidos: 46% relataram ter visto vídeos de influenciadores digitais várias vezes ao dia. Um novo alerta surge com a exposição a conteúdo mercadológico online: 53% dos usuários de 11 a 17 anos tiveram contato com vídeos de pessoas divulgando jogos de apostas. A exposição é maior entre os adolescentes de 15 a 17 anos (63%).

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Apoio Familiar e Mediação

No que diz respeito ao uso seguro da Internet, a pesquisa mostra um forte apoio mútuo nas famílias: 31% dos jovens afirmam ajudar seus pais ou responsáveis em atividades online, enquanto 44% dos pais/responsáveis conversam com as crianças e adolescentes sobre o que elas fazem na rede.

“A TIC Kids Online Brasil reafirma o compromisso do CGI.br em promover um ambiente digital mais seguro e inclusivo para crianças e adolescentes. A pesquisa ajuda a sociedade e o governo a compreender as novas dinâmicas do comportamento dos brasileiros de 9 a 17 anos e a subsidiar políticas públicas e ações educativas mais eficazes e alinhadas à realidade digital deles”, afirma Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.

Desafios e Perspectivas

A pesquisa destaca a necessidade de desenvolver a literacia midiática e de dados desde cedo, especialmente diante da alta exposição de crianças e adolescentes a conteúdos mercadológicos online. Além disso, o forte apoio mútuo entre famílias e jovens reforça a importância da mediação e do diálogo em relação ao uso da Internet.

Apoio Familiar e Mediação

Quando o assunto é o uso seguro da Internet, pais e responsáveis buscam orientação principalmente com as próprias crianças ou adolescentes (50%) e com familiares ou amigos (48%). A pesquisa também revela um forte apoio mútuo: 31% dos jovens afirmam ajudar seus pais ou responsáveis em atividades online, enquanto 44% dos pais/responsáveis dizem conversar com as crianças e adolescentes sobre o que elas fazem na rede.

Apoio Familiar e Mediação

“A TIC Kids Online Brasil reafirma o compromisso do CGI.br em promover um ambiente digital mais seguro e inclusivo para crianças e adolescentes. A pesquisa ajuda a sociedade e o governo a compreender as novas dinâmicas do comportamento dos brasileiros de 9 a 17 anos e a subsidiar políticas públicas e ações educativas mais eficazes e alinhadas à realidade digital deles”, afirma Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.

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