Carla Zambelli mantém mandato na Câmara após votação apertada. Deputada, presa na Itália desde 2025, enfrenta novas condenações e pedidos de extradição.
A Câmara dos Deputados decidiu nesta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, manter o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), mesmo após tentativas de cassação. A votação final foi de 227 votos favoráveis e 170 votos contrários, insuficientes para atingir o quórum de 257 votos necessários para validar o processo de cassação.
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A deputada permanece presa na Itália desde julho de 2025.
O processo de cassação foi iniciado após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a perda do mandato. A votação em plenário contrasta com a decisão anterior da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que, na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, havia recomendado a cassação da congressista.
A CCJ chegou a essa conclusão após a rejeição do parecer do relator, republicano do Paraná.
O deputado Cláudio Cajado (PP-BA) apresentou um relatório a favor da perda do mandato da deputada, que foi aprovado. O relatório detalhava as condenações e a situação da prisão da parlamentar.
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Carla Zambelli foi condenada em maio de 2025 pelo STF a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos, relacionados à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva da deputada.
As investigações indicaram que Zambelli foi a autora intelectual da invasão, executada por Walter Delgatti, também condenado. Em junho de 2025, a deputada deixou o Brasil e foi considerada foragida, sendo incluída na lista vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes.
A deputada foi presa em Roma, capital da Itália, em julho de 2025.
O governo brasileiro solicitou a extradição de Carla Zambelli. O pedido foi formalizado pelo Itamaraty ao governo italiano. Em agosto de 2025, a deputada também foi condenada pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal contra o jornalista Luan Araújo em São Paulo, em 2022.
O STF determinou a perda do mandato parlamentar, além do pagamento de uma multa de 400 salários mínimos vigentes em 2022 com atualização monetária.
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