Posição Externa do Brasil Manteve Estabilidade em 2024, Aponta Banco Mundial

O Relatório Internacional da Dívida, publicado este ano pelo Banco Mundial, revela que a situação da dívida externa do Brasil apresentou estabilidade em 2024, apesar de mudanças no comportamento do endividamento privado. O documento indica que o montante total da dívida externa brasileira alcançou US$ 605,464 bilhões, um valor ligeiramente inferior ao registrado em 2023 (US$ 607,387 bilhões).

Relação de Endividamento Estável em Comparação a Outras Economias Emergentes

Segundo o relatório, a relação entre a dívida externa e as exportações do Brasil atingiu 142%, demonstrando uma estabilidade nesse indicador em relação a outras economias emergentes. O documento também aponta para fluxos financeiros líquidos de US$ 46,071 bilhões no ano de 2024.

Entradas Líquidas e Desembolsos

Das entradas líquidas, US$ 43,129 bilhões foram provenientes do apetite de investidores por ativos brasileiros. Em contrapartida, os ingressos líquidos direcionados à dívida foram modestos, totalizando apenas US$ 2,943 bilhões.

Participação dos Credores

A dívida pública e com garantia soberana atingiu US$ 194,369 bilhões. Entre os credores, os organismos multilaterais contribuíram com US$ 36,531 bilhões, incluindo US$ 15,131 bilhões provenientes do próprio Banco Mundial. Os credores privados, que representam a maior parte da estrutura, totalizaram US$ 150,454 bilhões em títulos e empréstimos.

Dívida Privada Sem Garantia Estatal e Desembolsos de Longo Prazo

A dívida privada sem garantia estatal continuou elevada, fechando 2024 em US$ 309,245 bilhões, refletindo o peso do setor corporativo nas contas externas. Os desembolsos de longo prazo registraram uma forte retração, passando de US$ 208,596 bilhões em 2023 para US$ 82,789 bilhões em 2024, devido à redução nos recursos captados pelo setor privado, que diminuíram para US$ 44,172 bilhões.

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O Banco Mundial avalia que essa combinação de menores desembolsos e estabilidade no estoque sugere um movimento de ajuste e seletividade no financiamento externo do país.