Mortes Decorrentes de Intervenção Policial Registram Alta no Estado
O estado contabilizou 650 mortes relacionadas a intervenções policiais entre janeiro e outubro de 2025. Esse volume representa o segundo maior número de óbitos causados por agentes de segurança no último período de cinco anos. Apenas o ano de 2024, marcado pela Operação Verão – considerada a ação mais letal desde o ocorrido no Carandiru – apresentou um índice superior.
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Os dados incluem ações realizadas por policiais civis e militares, tanto em regime de serviço quanto em folga. Esses números indicam uma reviravolta na tendência de violência estatal durante a gestão do governo atual. Anteriormente, o estado havia alcançado o menor índice de letalidade em duas décadas, resultado de uma redução de 54% entre 2020 e 2022, período da administração anterior.
No entanto, a estatística de 2025 demonstra um aumento de 69% na letalidade policial em comparação com períodos semelhantes nos anos anteriores. O balanço final do ano ainda não inclui os dados referentes ao mês de novembro.
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Desfechos Judiciais Distintos em Casos Envolvendo Vítimas Desarmadas
O ano de 2025 também se destacou por resultados judiciais diversos em casos envolvendo vítimas que estavam desarmadas. Em um incidente ocorrido em julho, na zona sul da capital, o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, faleceu após ser atingido pelas costas por um policial em folga.
O agente teve liberdade provisória concedida em menos de duas semanas, devido à sua residência fixa e ao fato de ser réu primário.
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Em outra situação, o uso de câmeras corporais foi crucial para a prisão em flagrante de policiais envolvidos na execução de um homem em situação de rua, que havia sido alvejado com fuzil após já estar rendido.
Resposta da Secretaria de Segurança Pública
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou manter rigor nas investigações de todas as mortes, com supervisão das corregedorias, do Ministério Público e do Judiciário. A pasta também informou que, desde 2023, aplicou sanções – como demissões e prisões – a mais de 1.200 servidores por desvios de conduta.
