Mortes de intervenção policial sobem em estado; número é segundo maior em 5 anos. Dados de 2025 mostram alta de 69% em óbitos por agentes
O estado contabilizou 650 mortes relacionadas a intervenções policiais entre janeiro e outubro de 2025. Esse volume representa o segundo maior número de óbitos causados por agentes de segurança no último período de cinco anos. Apenas o ano de 2024, marcado pela Operação Verão – considerada a ação mais letal desde o ocorrido no Carandiru – apresentou um índice superior.
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Os dados incluem ações realizadas por policiais civis e militares, tanto em regime de serviço quanto em folga. Esses números indicam uma reviravolta na tendência de violência estatal durante a gestão do governo atual. Anteriormente, o estado havia alcançado o menor índice de letalidade em duas décadas, resultado de uma redução de 54% entre 2020 e 2022, período da administração anterior.
No entanto, a estatística de 2025 demonstra um aumento de 69% na letalidade policial em comparação com períodos semelhantes nos anos anteriores. O balanço final do ano ainda não inclui os dados referentes ao mês de novembro.
O ano de 2025 também se destacou por resultados judiciais diversos em casos envolvendo vítimas que estavam desarmadas. Em um incidente ocorrido em julho, na zona sul da capital, o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, faleceu após ser atingido pelas costas por um policial em folga.
O agente teve liberdade provisória concedida em menos de duas semanas, devido à sua residência fixa e ao fato de ser réu primário.
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Em outra situação, o uso de câmeras corporais foi crucial para a prisão em flagrante de policiais envolvidos na execução de um homem em situação de rua, que havia sido alvejado com fuzil após já estar rendido.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou manter rigor nas investigações de todas as mortes, com supervisão das corregedorias, do Ministério Público e do Judiciário. A pasta também informou que, desde 2023, aplicou sanções – como demissões e prisões – a mais de 1.200 servidores por desvios de conduta.
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