A proposta recente de alteração na Lei da Ficha Limpa tem provocado intensos debates no cenário político brasileiro. A modificação proposta altera a contagem do tempo de inelegibilidade para políticos cassados, estabelecendo que o prazo de oito anos comece a partir da perda do mandato, renúncia ou condenação em segunda instância. Atualmente, a decisão sobre a sanção ou veto da lei está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo, especialistas afirmam que o projeto pode ser questionado no Supremo Tribunal Federal (STF).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Marlon Reis, um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, manifestou sua inquietude em relação às modificações propostas, considerando-as inconstitucionais. Reis assegurou que buscará o STF caso a lei seja aprovada, sustentando que a alteração representa um retrocesso notável. Ele ressaltou que o novo período de inelegibilidade poderia possibilitar que políticos condenados voltem a disputar eleições, o que contraria a finalidade original da lei de excluir candidatos com histórico de irregularidades.
O advogado Francisco Ronei de Souza, especialista em direito eleitoral, também criticou a proposta, considerando-a um divisor de águas para as eleições de 2026. Ele e outros críticos, como os senadores Castro e Eduardo Girão, temem que a alteração enfraqueça a Lei da Ficha Limpa, que foi criada para garantir que políticos com histórico de corrupção fiquem afastados por pelo menos duas eleições. A proposta ainda estabelece um prazo máximo de 12 anos para inelegibilidade, mesmo em casos de condenações sucessivas, o que, segundo os críticos, desvirtua o propósito original da legislação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com informações de Lucas Martins
Reportagem produzida com auxílio de IA
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Fonte por: Jovem Pan
