Volodimir Zelenski revela estagnação em negociações com EUA sobre Donetsk e Zaporizhíia. Chefes de Estado devem dialogar sobre temas cruciais.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, comunicou que as equipes de negociação entre seu país e os Estados Unidos não chegaram a um acordo em relação a questões cruciais envolvendo o controle de territórios. Em declarações feitas nesta quarta-feira, 24, Zelenski enfatizou que temas centrais, como a região de Donetsk e a usina nuclear de Zaporizhíia, não avançaram no âmbito técnico, necessitando de uma discussão direta entre os chefes de Estado.
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O líder ucraniano ressaltou a ausência de consenso com a parte americana em relação aos territórios em disputa. A situação permanece complexa, com a necessidade de um diálogo de alto nível para encontrar soluções. A usina nuclear de Zaporizhíia, atualmente sob controle russo, continua sendo um ponto de grande tensão nas negociações.
Zelenski indicou que o diálogo para tratar dos pontos mais sensíveis do plano de paz envolveria discussões em nível presidencial. O presidente não confirmou se o encontro incluiria o líder russo, Vladimir Putin, mas sinalizou que uma reunião com o chefe do Kremlin estava próxima, como parte dos esforços diplomáticos em curso.
A prioridade é encontrar um caminho para avançar nas negociações, buscando um acordo que atenda aos interesses da Ucrânia e contribua para o fim do conflito.
Zelenski reiterou que a decisão sobre a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é exclusivamente da aliança militar. O país não abrirá mão da possibilidade de ingresso e não aceitará alterações na Constituição ucraniana para formalizar uma renúncia a essa perspectiva.
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Ele lembrou que uma versão anterior do plano elaborado por Washington previa um compromisso legal nesse sentido, o que foi considerado inaceitável por Kiev, alinhado às exigências do Kremlin.
Em declarações a jornalistas, incluindo à Agência France-Presse (AFP), Zelenski afirmou que o documento enviado à Rússia prevê explicitamente a realização de eleições após o encerramento da guerra. Segundo o texto, o pleito deve ocorrer o mais rapidamente possível após a assinatura de um acordo.
As eleições presidenciais estão suspensas desde o início do conflito. A retomada do processo eleitoral depende da normalização do cenário de segurança e do fim formal das hostilidades.
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