Zambelli enfrenta novo pedido de liberdade na Itália

Parlamentar comparece em audiência da Corte de Cassação; Apelação mantém risco de fuga e prisão.

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(Imagem de reprodução da internet).

Deputada Federal Carla Zambelli em Nova Audiência na Itália

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compareceu nesta quarta-feira (8) a uma nova audiência judicial na Corte de Cassação da Itália, em Roma. O evento foi conduzido pelo advogado da parlamentar no Brasil, Fabio Pagnozzi.

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A audiência se insere no contexto de um recurso apresentado pela defesa de Zambelli contra uma decisão anterior da Corte de Apelação de Roma, que manteve a prisão cautelar da parlamentar, enquanto o Brasil aguarda uma decisão sobre um pedido de extradição.

Extradição em Debate

Carla Zambelli está presa em um presídio em Roma desde o final de julho, após deixar o Brasil após a conclusão de um processo no STF (Supremo Tribunal Federal) que resultou em sua condenação. O governo brasileiro acionou a Itália para que a parlamentar seja extradição e cumpra pena no Brasil.

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Em agosto, a defesa de Zambelli solicitou à Corte de Apelação a revogação da prisão ou o encaminhamento a regime domiciliar, considerando suas condições de saúde, durante a análise do pedido de extradição. A corte negou o pedido, justificando o risco de fuga da parlamentar, ressaltando que ela recebia todos os cuidados médicos necessários no presídio.

Decisão da Corte de Cassação

Após a audiência desta quarta-feira, a Corte de Cassação deve decidir sobre a saída – ou não – de Zambelli da penitenciária em Roma ainda nesta semana. A decisão final sobre o processo de extradição não será deliberada, pois a competência sobre o assunto permanece na instância inferior.

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Apesar do revés na Corte de Apelação, Zambelli ainda pode recorrer à Corte de Cassação ou ao Ministério da Justiça italiano, que pode tomar uma decisão política sobre o caso.

Condenações e Passagens

Carla Zambelli deixou o Brasil no início de junho, após ser condenada a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Antes de chegar à Itália, a parlamentar passou por Argentina e Estados Unidos. A Interpol, por solicitação do Brasil, incluiu o nome de Zambelli em sua lista vermelha, classificando-a como foragida internacional.

Durante o processo de cassação na Câmara, a parlamentar acusou o hacker Walter Delgatti Neto, também condenado no caso do CNJ, de mentir. Já presa na Europa, Zambelli sofreu outra condenação pelo STF: a cinco anos de prisão por constrangimento ilegal com emprego de arma, por caso ocorrido às vésperas do segundo turno da eleição de 2022.

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