Deputada Zambelli enfrenta longa jornada judicial: prisão na Itália, condenações do STF e extradição em debate. Alexandre de Moraes e a Interpol também estão envolvidos
A trajetória da deputada federal Zambelli, ao longo de seu mandato na Câmara dos Deputados, foi marcada por uma série de episódios que geraram intensos confrontos entre o Legislativo e o Judiciário. A situação culminou em sua prisão na Itália e em decisões que impactaram o funcionamento do Congresso Nacional, conforme noticiado pelo O Globo.
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Em 2022, a situação se agravou com a perseguição armada ao jornalista Luan Araújo, ocorrida nas proximidades dos Jardins, em São Paulo, véspera do segundo turno das eleições presidenciais. A ação, que violava determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gerou grande repercussão e levantou sérias questões sobre a segurança e o comportamento de parlamentares durante o período eleitoral.
Especialistas classificaram o incidente como ilegal e desproporcional, abrindo caminho para investigações que culminaram em condenações.
Em 2023, a deputada Zambelli foi acusada de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker de Araraquara”, foi apontado como responsável pela invasão e pela inserção de documentos falsificados, incluindo um mandado de prisão fraudulento contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.
A investigação revelou que a intenção era descreditar o Judiciário e o sistema eleitoral.
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Após a conclusão do inquérito pela Polícia Federal, Zambelli e Delgatti foram indiciados por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Delgatti declarou que a deputada financiou a ação. Em 2025, a Primeira Turma do STF condenou Zambelli a 10 anos de prisão, multa e inelegibilidade por oito anos, formalizando o vínculo da deputada com crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Após a condenação, Zambelli fugiu do Brasil, buscando refúgio na Argentina, Estados Unidos e Itália, onde possui cidadania. O ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva e a inclusão da deputada na lista vermelha da Interpol, tornando-a procurada em 196 países.
Em 2025, Zambelli foi presa na Itália após a inclusão em sua nome na lista da Interpol.
Em 2025, o STF confirmou o trânsito em julgado da condenação relacionada à perseguição armada, fixando pena de cinco anos e três meses de prisão. A Câmara dos Deputados, mesmo informada da perda automática do mandato, votou para manter Zambelli no cargo, mas horas depois, Moraes anulou a decisão por inconstitucionalidade e ordenou a posse imediata do suplente.
Diante do cenário irreversível, Zambelli apresentou sua renúncia.
A ex-deputada continua presa na Itália e aguarda definição sobre o processo de extradição para o cumprimento das penas impostas pelo STF.
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