WhatsApp sob investigação na Rússia: risco de ban por acusações de atividades criminosas. Roskomnadzor avalia proibir o app por supostas ligações a atos terroristas
O órgão regulador de comunicações russo, Roskomnadzor, anunciou nesta sexta-feira (28) que está considerando proibir o popular aplicativo de mensagens WhatsApp. A decisão surge devido às acusações de que a plataforma não está tomando medidas suficientes para impedir atividades criminosas dentro de suas redes.
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A gigante tecnológica americana, proprietária do WhatsApp, argumenta que a Rússia busca restringir o acesso do público a uma comunicação segura, desafiando as tentativas do governo de violar esses direitos.
As autoridades russas têm incentivado seus cidadãos a utilizarem aplicativos de comunicação controlados pelo Estado. Em agosto, já havia sido descartada a possibilidade de realizar ligações pelo WhatsApp. O Roskomnadzor alega que o WhatsApp está sendo utilizado para “organizar e realizar atos terroristas no país, recrutar seus executores e para fraude e outros crimes”.
A entidade enfatizou que, caso o aplicativo não cumpra a legislação russa, será completamente bloqueado.
O WhatsApp permanece um dos serviços de troca de mensagem mais utilizados na Rússia, concorrendo com o Telegram. O governo moscovita exige que ambas as plataformas forneçam acesso aos dados solicitados pelas forças de ordem, visando investigações de fraudes e atividades que a Rússia classifica como “terroristas”.
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Essa demanda levanta preocupações sobre o potencial uso dessas informações para fins de vigilância e repressão.
Ativistas de defesa dos direitos humanos expressam receios de que essa medida possa ser utilizada para atacar indivíduos críticos ao Kremlin, ao presidente russo ou à guerra em curso. A situação demonstra tensões entre o governo russo e empresas de tecnologia estrangeiras, com implicações para a liberdade de expressão e o acesso à informação.
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