Impacto de uma “Onda Conservadora” no Câmbio
Uma análise do banco americano Wells Fargo projeta um impacto positivo no câmbio em países como o Brasil, caso ocorra uma “onda conservadora” na região até o fim de 2026. Os analistas preveem essa inflexão como a segunda grande mudança da América Latina no século XXI, seguindo a ascensão de partidos de centro-direita entre 2015 e 2018.
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Essa nova fase, iniciada em 2024, já se manifesta com resultados eleitorais concretos, como as eleições no Equador e na Argentina, e pode se consolidar em outras nações nos próximos 12 meses. A expectativa é que moedas como o real brasileiro, o peso argentino, o peso colombiano e o peso chileno se valorizem frente ao dólar, desde que acompanhadas por plataformas econômicas ortodoxas, com foco em responsabilidade fiscal, cortes de gastos e previsibilidade institucional.
Fatores que Influenciam a Valorização
A análise destaca que as propostas de direita, especialmente aquelas que rompem com políticas populistas recentes, tendem a reduzir os prêmios de risco e atrair investimentos estrangeiros. A estabilidade fiscal e a previsibilidade macroeconômica são cruciais para o sucesso dessa estratégia.
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A Argentina e o Caso Milei
O Wells Fargo atribui 55% de chance de derrota do atual presidente Lula, considerando o cenário de inflação persistente, aumento dos gastos públicos e deterioração fiscal como fatores que causam perda de apoio político e desconfiança entre os agentes do mercado.
A projeção é de que esse ambiente favoreça candidatos conservadores com plataformas centradas em disciplina fiscal, corte de gastos e previsibilidade macroeconômica nas eleições presidenciais do ano que vem. O banco destaca que a política econômica do terceiro mandato de Lula tem sido marcada por uma postura populista, com ênfase em programas sociais amplos, manutenção de estatais como instrumentos de política pública e uso de bancos públicos para promover expansão de crédito.
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Outros Países em Tendência Conservadora
Além do Brasil e da Argentina, o Wells Fargo destaca que Chile, Colômbia e Peru também devem seguir a tendência conservadora nos próximos ciclos eleitorais. Esses países vivem, segundo o banco, contextos de instabilidade fiscal, baixo crescimento e crescente insatisfação com políticas econômicas de viés populista.
