Weliton Barella Viana lidera investigação da CPI do INSS após prisão de Alessandro Stefanutto. Operação apura esquema de desvios em aposentadorias
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Weliton Barella Viana, declarou nesta quinta-feira (13) que a prisão do ex-presidente da entidade, Alessandro Stefanutto, pela Polícia Federal, marca apenas o início de uma investigação mais ampla sobre o esquema de desvios em aposentadorias.
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Viana afirmou que “tem muita gente que ainda vai ser presa” e que “tem muita estrutura pública que vai cair”, indicando que a verdade sobre o caso ainda será revelada.
Viana também informou que há indivíduos dispostos a colaborar com a investigação por meio de delação premiada, incluindo a própria CPI do INSS. Ele não detalhou quais nomes estariam envolvidos nesse processo.
A operação da Polícia Federal, que culminou na prisão de Stefanutto, resultou na busca e apreensão em 63 locais, incluindo a residência do deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG), que vendeu um avião para uma entidade ligada aos desvios, e a do deputado estadual do Maranhão, Edson Cunha de Araújo, que presidiu uma entidade de pescadores responsável por descontos associativos.
Viana ressaltou que as investigações da Polícia Federal agora se concentrarão no que ele chama de “primeiro núcleo” do esquema, composto por políticos e indivíduos que, de governo em governo, auxiliaram ou incentivaram servidores envolvidos no desvio de recursos do INSS.
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Ele afirmou que outros parlamentares podem estar envolvidos e serão ouvidos quando a comissão entender necessário.
O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), em setembro, já havia expressado confiança de que a investigação chegaria a parlamentares. Em outubro, Gaspar manifestou o desejo de convocar Pettersen e o senador Weverton Rocha (PDT-MA) para prestar depoimento.
Informações reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo em outubro indicam que Weverton Rocha mantém como administrador de uma de suas empresas o empresário Rodrigo Martins Correa, que também é sócio da Voga, empresa que realizava a contabilidade dos negócios do “Careca do INSS”, incluindo as offshores.
A CPI ainda votará a convocação de Edson Duarte, um dos alvos da operação.
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