Votação se inicia na província de Buenos Aires para eleições legislativas de relevância nacional
Estima-se que aproximadamente 14 milhões de eleitores compareçam às urnas no domingo para escolher 46 deputados e 23 senadores para a Assembleia Legisla…

As seções eleitorais da província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, abriram na manhã deste domingo para a realização de eleições legislativas cujo resultado terá impacto na campanha para as eleições nacionais do próximo mês de outubro. Aproximadamente 14,3 milhões de pessoas são esperadas para votar neste domingo para eleger 46 deputados e 23 senadores para a Assembleia Legislativa provincial, sediada na cidade de La Plata (60 quilômetros ao sul da capital argentina) e que totalizam 92 assentos na Câmara Baixa e 46 no Senado. Além disso, a votação servirá para eleger os membros dos conselhos deliberativos dos 135 municípios da província de Buenos Aires.
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Os locais de votação abriram às 8h (mesmo horário de Brasília) e permanecerão abertos até as 18h. A província está dividida em oito zonas eleitorais, nas quais foram habilitadas 41.189 mesas de votação para votar com cédulas de papel. Em cada uma das oito seções eleitorais competem cerca de 15 partidos e alianças eleitorais.
Principais grupos em conflito.
Entre os principais grupos concorrentes destacam-se a Força Patriota, aliança de unidade de diversos setores do peronismo, incluindo o atual governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, a ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015) e o ex-ministro da Economia Sergio Massa. Sua principal oposição é a legenda de extrema-direita A Liberdade Avança (LLA), liderada em nível nacional pelo presidente Javier Milei, e que para estas eleições provinciais formou uma aliança com o Proposta Republicana (PRO), partido conservador liderado pelo ex-presidente argentino Mauricio Macri (2015-2019).
Além do Somos Buenos Aires, que representa uma frente de setores peronistas contrários ao kirchnerismo, e da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores Unidade, competem.
As eleições legislativas provinciais costumam atrair pouca atenção na Argentina, pois quase sempre são ofuscadas pelos pleitos de âmbito nacional. No entanto, desta vez, as eleições provinciais foram desmembradas das legislativas nacionais, sendo agendadas para 26 de outubro.
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Tanto o governo de Milei quanto o peronismo optaram por utilizar as eleições provinciais como um ponto central para consolidar posições em face das eleições nacionais de outubro, que determinarão a renovação parcial da Câmara dos Deputados da Argentina.
A última etapa da campanha para a eleição de domingo foi caracterizada por acusações de corrupção no governo de Milei, o veto de medidas favoráveis a aposentados e deficientes, instabilidades nos mercados e a falta de crescimento econômico. As pesquisas anteriores à eleição projetavam, em sua maioria, a vitória do peronismo, com uma margem pequena, sobre a LLA.
Com informações da EFE. Publicado por Fernando Dias.
Fonte por: Jovem Pan