Vice-Presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, defende laços com UE e reforço da democracia contra China. Conferência IPAC discute segurança e apoio à ilha.
Em um discurso notável, a vice-presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, instou a União Europeia a fortalecer os laços de segurança e comércio com a ilha, demonstrando apoio à sua democracia diante das crescentes pressões da República Popular da China.
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A declaração foi proferida durante uma conferência sobre a China no Parlamento Europeu, destacando a importância da estabilidade global e da continuidade econômica.
Hsiao enfatizou a necessidade de colaboração em áreas cruciais como cadeias de suprimentos seguras e tecnologia, buscando parcerias com países como Alemanha e Espanha. A vice-presidente alertou sobre as restrições comerciais impostas pela China às exportações de terras raras, ressaltando a importância de um ecossistema tecnológico baseado em confiança e valores democráticos, particularmente no setor de semicondutores.
Hsiao comparou os ataques cibernéticos e sabotagens de cabos submarinos sofridos por Taiwan com os ataques híbridos enfrentados pela Europa desde a invasão da Ucrânia. A vice-presidente argumentou que a Europa tem defendido a liberdade sob fogo, e Taiwan tem construído a democracia sob pressão.
Essa analogia visa ilustrar a vulnerabilidade da ilha e a importância do apoio internacional.
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A viagem de Hsiao fez parte de uma conferência da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), reunindo parlamentares de aproximadamente vinte países. A conferência foi mantida sob sigilo devido a relatos de tentativas de ataques contra o carro da vice-presidente durante uma visita à República Tcheca em 2024.
O presidente Lai Ching-te prometeu acelerar o sistema de defesa “T-Dome” e elevar os gastos militares para 5% do PIB até 2030, em resposta ao aumento das incursões militares chinesas perto da ilha.
Segundo Ben Bland, do Chatham House, um conflito sobre Taiwan teria um impacto mais grave para a Europa que a guerra na Ucrânia, devido à relevância da ilha nas cadeias globais de semicondutores. A situação exige atenção e medidas de segurança robustas.
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