Venezuela inicia treinamento de voluntários para a defesa nacional diante de ameaças dos EUA

As Forças Armadas Bolivarianas denunciam provocações do governo Trump, que estaria buscando um pretexto para agressão militar.

13/09/2025 11:21

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Venezuela inicia treinamento de voluntários para a defesa nacional diante de ameaças dos EUA
(Imagem de reprodução da internet).

Com o objetivo de proteger o território nacional, a Venezuela, após um extenso processo de recrutamento em massa da população para a Milícia Nacional Bolivariana, dará início neste sábado (13) ao treinamento dos recém-alistados.

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A Milícia Bolivariana é uma organização constituída em 2009, composta por civis e militares reformados em seus membros. Recebem treinamento para autodefesa e vigilância do território em seus diversos contextos – urbano e rural. A milícia passou a integrar uma das cinco Forças Armadas da Venezuela, que possui uma estrutura distinta da do Brasil. Anteriormente, o governo venezuelano alegava que o número de civis registrados na Milícia Bolivariana atingia 5 milhões.

O presidente do país, Nicolás Maduro, comunicou que o treinamento será realizado em 312 quartéis e unidades militares espalhados pelo território nacional, na sexta-feira (12).

Sábado, 13 de setembro, a partir das 9 horas, alistados, homens e mulheres, patriotas, Milícia Nacional Bolivariana, o povo vai aos quartéis, às unidades, em união bolivariana, com coração, com o fogo sagrado que nos move. A Venezuela defende o seu direito à paz.

Os militares receberão treinamento para o emprego do armamento, organização e preparação para o desempenho das operações militares.

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O treinamento dos voluntários acontece em cenário de tensão gerada após o governo dos Estados Unidos enviar navios de guerra e aproximadamente 4 mil soldados às águas do Caribe, em proximidade com o país.

Em agosto, o Departamento de Estado dos EUA elevou a recompensa por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro para 50 milhões de dólares e, sem apresentar evidências, reiterou que o presidente venezuelano liderava o Cartel dos Sóis, uma organização criminosa hipotética, sem informações oficiais sobre ela.

Diante dessa situação, na última quinta-feira (11), o governo venezuelano implementou a denominada “Operação Independência 200”, mobilizando 24 frentes militares de defesa em áreas da costa caribenha, com o objetivo de proteger ativos estratégicos e a soberania do país.

Estratégia de criar uma falsa impressão de apoio ou concordância.

A última semana, o exército boliviano declarou que o governo americano pretende criar um incidente falso para justificar uma agressão militar contra o país sul-americano.

O falso positivo citado pela FANB se tratava de um helicóptero americano suspeito que se aproximava do território insular do país, com o objetivo de incitar uma resposta da Força Armada venezuelana. O comunicado menciona um episódio no Vietnã, onde um incidente inventado, envolvendo um destróier americano e torpedos norte-vietnamitas, foi utilizado como pretexto para uma escalada no conflito.

“Sem dúvida, essas notícias falsas fazem parte das operações psicológicas contempladas no roteiro tradicional de guerra dos EUA, que visam criar cenários fictícios como pré-condição para intervenções armadas; neste caso, sob a desculpa fatídica da “luta contra o narcotráfico”, quando, na realidade, o objetivo é uma mudança forçada de regime na Venezuela, o que simultaneamente arrastaria a região para um conflito de consequências imprevisíveis”, diz o comunicado, assinado pelo general em chefe da FANB e ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

Fonte por: Brasil de Fato

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