Varejo no Brasil registra queda de 1,6% em novembro, impulsionado por cenário econômico e alto endividamento das famílias. Confira!
O setor de varejo no Brasil apresentou uma queda de 1,6% em novembro, conforme dados divulgados pelo Índice do Varejo Stone (IVS). Essa desaceleração se intensifica quando comparada com a queda de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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A Black Friday, tradicionalmente um período de alta para o comércio, não conseguiu impulsionar o crescimento do setor.
Apenas três dos oito segmentos analisados registraram aumento em novembro: móveis e eletrodomésticos (1%), tecidos, vestuário e calçados (0,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).
Desempenho Negativo em Diversos Setores
Vários setores enfrentaram dificuldades, com quedas significativas. O setor de material de construção apresentou uma retração de 3,2%, enquanto o segmento de combustíveis e lubrificantes e livros, jornais, revistas e papelaria registrou uma queda de 2,7%.
Artigos farmacêuticos também tiveram uma regredida de 1,8%, e outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram uma queda de 0,9%.
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Segundo Rômullo Carvalho, economista e pesquisador da Stone, a redução no varejo vai além da sazonalidade e está ligada ao cenário econômico das famílias. A força do mercado de trabalho e a massa de renda, apesar de positiva, encontram um limite.
O alto endividamento das famílias e o custo do crédito impactam as decisões de compra.
No comparativo anual, nenhum segmento apresentou alta. Combustíveis e lubrificantes lideraram a queda anual com 6,7%, seguidos por móveis e eletrodomésticos (5,1%). Regiões como Paraíba (5,2%), São Paulo (1,7%) e Sergipe (0,8%) apresentaram resultados positivos.
Roraima (7,9%) e Tocantins (7,8%) registraram as maiores quedas.
O economista da Stone ressaltou que o Norte e o Nordeste se destacaram no mês de novembro. A Paraíba apresentou avanços significativos, com sinais de recuperação no Amapá e resultados levemente positivos em partes do Sudeste e Centro-Oeste. O desempenho desigual do consumo entre as regiões do país foi um ponto de atenção.
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