Valdemar Costa Neto afirma que “o verdadeiro golpe foi da picanha” e ironiza a acusação: “Débora do Batom seria ministra?”
O presidente do PL declarou que o dia 8 de Janeiro foi uma “burlada generalizada” e que “essas pessoas devem ser punidas”, embora negasse qualquer tenta…

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, proferiu um discurso neste sábado (7) na Avenida Paulista em uma manifestação bolsonarista em comemoração ao 7 de Setembro e fez comentários irônicos sobre as acusações de tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele considerou os atos de 8 de Janeiro como “baderna generalizada”, mas negou que tenham constituído um golpe de Estado.
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“Se houvesse um golpe, quem seria a ministra da Justiça? A Débora do Batom? O Clezio seria o líder do governo? Aquilo foi uma balbúrdia generalizada e essa pessoa tem que ser punida. Mas isso não é golpe”, afirmou, em referência a apoiadores presos por vandalismo no STF. Valdemar disse ainda que o “verdadeiro julgamento do golpe” ocorrerá nas eleições de 2026, citando promessas não cumpridas pelo governo Lula. “O golpe da picanha prometida, o golpe do roubo do INSS dos aposentados, o golpe dos R$ 90 bilhões pagos antecipadamente de precários”, declarou.
O líder do PL aproveitou para solicitar a votação do projeto de anistia para Bolsonaro e aos envolvidos nos atos antidemocráticos. “Já temos 300 assinaturas. Qualquer cidadão em uma democracia tem direito a um segundo julgamento. Não vamos abrir mão desse direito. Anistia já!”, declarou, sendo acompanhado em coro pelo público. Além disso, comentou as críticas do público ao senador Romário (PL-RJ), único da bancada que não se manifestou a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Gritos pedindo a saída do ex-jogador do partido ecoaram na Paulista. “Estou vendo que o Romário está com prestígio aqui em São Paulo, mas vou cuidar disso em Brasília”, ironizou.
A manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, contou com a presença de figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO), além de parlamentares de linha bolsonarista. Faixas com pedidos de anistia, impeachment de Moraes e liberdade para presos aliados caracterizaram a manifestação, que faz parte de uma série de protestos em capitais do país em 7 de Setembro.
Valdemar afirma que o PL visa uma “anistia definitiva” e que não existe alternativa para 2026: “Bolsonaro candidato à presidência”. Flávio Bolsonaro declara que ministros do STF “sabem que Moraes agiu em excesso”.
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Fonte por: Jovem Pan