Crise Humanitária em Gaza: Unicef Pede Retirada de Bebês do Hospital Al-Helo
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) solicitou nesta segunda-feira (29) a remoção imediata de pelo menos 25 bebês prematuros e doentes, internados em incubadoras na Cidade de Gaza. A ação visa garantir a segurança dos recém-nascidos em meio à intensificação da ofensiva israelense, que inclui o bombardeio de um hospital com pacientes.
A situação humanitária na Cidade de Gaza se agrava com a crescente violência. Autoridades de saúde palestinas relatam que tanques estão cercando o Hospital Al-Helo, onde pelo menos 12 bebês estão em incubadoras, recebendo tratamento urgente. A equipe médica afirma que o local foi alvo de bombardeios, causando destruição e colocando em risco a vida dos pacientes.
Unicef Avalia a Situação como “Arriscada”
O porta-voz da Unicef, Ricardo Pires, declarou à Reuters que a remoção dos bebês é a “melhor opção disponível” diante do cenário de combate na Cidade de Gaza. A equipe planeja transferir os recém-nascidos utilizando carrinhos improvisados, com cobertores e suprimentos portáteis de oxigênio e gotejamento.
No entanto, Pires reconheceu os riscos envolvidos, incluindo a exposição a infecções, variações de temperatura e a possibilidade de esgotamento dos recursos durante a transferência. “Transferi-los parece ser a melhor opção que temos agora, mas, ao mesmo tempo, é uma opção muito arriscada”, afirmou.
Escassez de Equipamentos e Ameaças à Saúde
A situação na Cidade de Gaza é marcada pela falta de incubadoras e outros equipamentos médicos. Ricardo Pires mencionou que Israel havia negado alguns pedidos para importar mais equipamentos. A equipe médica do Hospital Al-Shifa, liderada pelo Dr. Moataz Harara, relata que a equipe está apenas prestando o serviço mínimo para manter os pacientes vivos, enquanto quatro unidades de saúde já fecharam no mês.
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A crescente violência e a falta de acesso a recursos básicos representam uma grave ameaça à saúde e à vida dos civis, especialmente dos bebês prematuros e doentes em Gaza. A comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo e pelo acesso humanitário à região.