Unicamp interrompe convênio com Technion por causa da crise em Gaza

Reitor da Unicamp denuncia violações em Gaza e encerra parceria com Technion

30/09/2025 20:12

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Unicamp interrompe convênio com Technion por causa da crise em Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

Rescisão do Acordo de Cooperação entre Unicamp e Technion

O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Paulo Cesar Montagner, anunciou a rescisão unilateral e imediata do acordo de cooperação com o Instituto Tecnológico Technion, de Israel. A decisão foi tomada em protesto ao que o reitor classifica como genocídio na Faixa de Gaza.

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O anúncio foi feito durante uma sessão do Conselho Universitário (Consu). A Unicamp se junta a outras instituições que expressam preocupação com a escalada das ações do governo israelense contra o povo palestino, evidenciando violações aos direitos humanos e à dignidade da população palestina.

Contexto do Conflito

O acordo de cooperação com o Technion, firmado em setembro de 2023, visava fomentar a colaboração acadêmica através de projetos de pesquisa conjuntos, intercâmbio de docentes e estudantes, e o reconhecimento de créditos em cursos pré-aprovados pela instituição parceira.

O rompimento do acordo reflete um posicionamento alinhado com o governo brasileiro, que condena as ações de Israel. A Unicamp se soma a outras universidades internacionais que manifestam repúdio ao conflito, que teve seu início em 7 de outubro de 2023, após ataques do grupo extremista palestino Hamas contra Israel.

Impactos e Situação Atual

O Technion, fundado em 1924, é uma das principais instituições de ensino superior de Israel, com mais de 15 mil estudantes distribuídos em 17 faculdades e 60 centros de pesquisa. A situação humanitária na Faixa de Gaza é crítica, com mais de 65 mil palestinos mortos e 165 mil feridos desde o início do conflito.

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A guerra resultou no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, representando mais de 80% da população total da Faixa de Gaza. A situação humanitária é agravada pela falta de acesso a alimentos e água, com relatos diários de mortes por inanição. O futuro do conflito e a libertação dos reféns permanecem incertos, com demandas por melhorias na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.

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