Acordo UE-Mercosul impulsiona exportação de carne bovina para a UE. Brasil deve enviar 67 mil toneladas adicionais à União Europeia, gerando receita de US$ 955 milhões
A União Europeia representa um mercado crucial para a carne bovina brasileira. Com a iminente assinatura do acordo entre o bloco europeu e o Mercosul, prevista para o sábado, 20, o Brasil tem potencial para aumentar significativamente suas exportações, com projeção de envio de 67 mil toneladas adicionais de proteína para a UE.
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O volume de exportação já demonstra um impacto considerável, atingindo 117 mil toneladas de carne bovina para o bloco europeu entre janeiro e novembro de 2025, gerando uma receita de US$ 955 milhões, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
A Abiec destaca que a carne bovina brasileira representa 3,7% do volume total exportado pelo Brasil e 5,9% do faturamento deste ano. O bloco europeu é o sexto principal destino em volume e o quarto maior em valor para a carne bovina brasileira. A principal demanda se concentra em cortes nobres do traseiro, desossados, com destaque para o filé, contrafilé e alcatra.
No padrão europeu, esses cortes são classificados como “loin” (lombo: filé mignon e contra-filé) e “rump” (região da alcatra e seus subcortes).
A assinatura do acordo entre a União Europeia e o Mercosul inclui mecanismos de salvaguarda. A Comissão Europeia endureceu medidas de proteção, aprovadas por 431 votos a favor e 161 contra, para garantir que o acordo não prejudique o agronegócio europeu.
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O recurso permite o acompanhamento de produtos como carne bovina, aves e açúcar, e a possibilidade de reintrodução de tarifas caso o mercado seja desestabilizado.
Para evitar desequilíbrios, a Comissão Europeia poderá abrir investigações sempre que houver um aumento superior a 5% nas importações de carne bovina ou de aves provenientes do Mercosul, em comparação com a média dos três anos anteriores, e se os preços desses produtos forem pelo menos 5% mais baixos do que os de produtos similares da UE.
A proposta original estabelecia limites de 10%, que foram reduzidos.
Para reforçar as salvaguardas, os legisladores adicionaram uma “obrigação de reciprocidade”, que exigirá que os países do Mercosul apliquem os padrões de produção da UE para acessar o mercado europeu. Essa medida visa garantir a competitividade da produção agropecuária europeia.
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