União Europeia cria “muro de drones” para combater ameaças russas
Dinamarca reúne autoridades para discutir proteção dos céus da Europa contra ameaças.

Incursões Aéreas na Europa Levantam Medidas de Defesa da União Europeia
Após semanas de incursões repetidas no espaço aéreo europeu, líderes da União Europeia se reuniram em Copenhague, Dinamarca, na quarta-feira (1º), para discutir medidas de proteção. A iniciativa central é o projeto “muro de drones”, uma rede de sistemas de detecção e interceptação, com base nas capacidades antidrones de cada país membro.
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A busca por uma resposta unificada à ameaça russa se materializa no desenvolvimento do “Roteiro de Prontidão para a Defesa”, que inclui quatro projetos de defesa, com o objetivo de fortalecer a segurança do continente. A iniciativa visa abordar a vulnerabilidade da Otan e da União Europeia às incursões aéreas.
O projeto “muro de drones” não é um muro físico, mas sim uma rede em camadas de sistemas de detecção e interceptação. A implementação do projeto é complexa e pode levar de três a quatro anos, segundo estimativas. No entanto, alguns líderes europeus acreditam que o desenvolvimento pode ser mais rápido.
A complexidade do projeto é refletida nas diferentes opiniões sobre o tempo necessário para sua conclusão. Enquanto o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, estima um prazo de três a quatro anos, a primeira-ministra da Letônia, Evika Silina, acredita que o desenvolvimento pode ser mais rápido.
Estratégias para o “Muro de Drones” e a Experiência Ucraniana
O conceito do “muro de drones” visa expandir a rede de sensores ao longo do flanco leste da Otan, permitindo a identificação e o rastreamento de potenciais incursões de drones com maior eficácia. A experiência da Ucrânia, que é o país mais experiente da Europa em termos de drones e guerra antidrones, também é fundamental para o sucesso da iniciativa.
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Além disso, a interceptação antidrone pode ser mais desenvolvida, com os países se afastando do combate a drones com sistemas de defesa caros, como os Patriots, e incorporando métodos de guerra eletrônica mais baratos, incluindo interferência, falsificação ou interrupção de sinais eletrônicos dos quais os drones dependem para funcionar.
A ameaça russa no espaço aéreo europeu reside na capacidade dos drones de causar danos significativos, além de serem utilizados para vigilância e apresentarem o risco de colisão com aeronaves. Mesmo que um drone seja interceptado, os destroços podem cair em algum lugar, causando danos a pessoas e propriedades.
Reação da Otan e Considerações sobre Custos
O Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, classificou o projeto como uma “excelente ideia”, “oportuna e necessária”, destacando o custo como um fator crucial. A iniciativa visa evitar gastos excessivos com mísseis para eliminar drones, que são relativamente baratos.
A implementação do “muro de drones” representa um esforço para complementar a defesa aérea da Otan, que historicamente se concentrou em ameaças aéreas de movimento rápido, como mísseis de aeronaves e balísticos. A iniciativa busca adaptar a defesa à nova realidade das incursões de drones, que representam uma ameaça desproporcional devido à sua capacidade de causar danos significativos e à sua utilização para vigilância.