Projeto Riskclima da UFF identifica áreas vulneráveis a extremos climáticos no Brasil e desafios sociais. IA adapta modelos climáticos do IPCC para projeções precisas. Foco na Região Norte, com COP30 em Belém
O projeto Riskclima, desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), busca identificar as áreas mais vulneráveis aos extremos climáticos no Brasil e os problemas sociais associados.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A iniciativa, que se estende até 2026, utiliza ferramentas como inteligência artificial (IA) para adaptar modelos climáticos, como os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), à realidade brasileira. A IA é utilizada para analisar dados e prever cenários, permitindo uma compreensão mais precisa dos riscos.
Pesquisadores da UFF têm observado as mudanças climáticas nas últimas seis décadas, realizando projeções para os próximos anos. Uma das áreas de foco é a Região Norte, onde a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) será realizada em Belém, no Pará.
Estudos revelaram que a Região Norte é a mais afetada por ondas de calor intensas, com um aumento significativo nos últimos dez anos.
Em Porto Alegre, no Sul do Brasil, a principal preocupação é o aumento dos bloqueios atmosféricos, que impedem a passagem de frentes frias e causam chuvas intensas. A cidade enfrenta um risco de inundações, agravado pela falta de manutenção das comportas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em outras regiões, como a Caatinga no Nordeste, o problema é o agravamento da seca, que avança em direção à desertificação. A necessidade de adaptar as ações às características de cada região é crucial.
Os eventos climáticos extremos têm impactos significativos na saúde pública. O aumento das ondas de calor, por exemplo, pode levar a problemas como trombose e ataques cardíacos, especialmente em idosos. A qualidade do ar também é afetada pelos bloqueios atmosféricos, que concentram poluentes próximos à superfície.
A hidratação adequada é um ponto chave, especialmente em regiões com altas temperaturas.
Antes do término do projeto em 2026, a UFF apresentará um relatório executivo com propostas de soluções para as autoridades brasileiras. O objetivo é iniciar a implementação de políticas públicas que mitiguem os riscos climáticos e promovam a adaptação.
A urgência da situação é enfatizada, com a ressalva de que as ações devem ser implementadas o mais rápido possível, pois os impactos climáticos já estão sendo sentidos no presente.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!