UEMG autoriza vagas para pessoas transexuais e travestis nos cursos de graduação a distância

A universidade se junta a um número crescente de outras instituições que adotaram a medida.

16/09/2025 18:29

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UEMG autoriza vagas para pessoas transexuais e travestis nos cursos de graduação a distância
(Imagem de reprodução da internet).

A Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) realizou uma decisão histórica, avançando na criação de uma política institucional para a inclusão de pessoas trans no ensino superior público no Brasil.

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A 6ª reunião do Conselho Universitário de 2025, ocorrida na quinta-feira (11), resultou na aprovação da criação de vagas reservadas para pessoas trans e travestis nos cursos de graduação oferecidos via ensino à distância.

A universidade apontou, em nota, que a deliberação ocorre em um contexto nacional de mobilização sobre o tema. A Reitoria da UEMG recebeu recentemente uma moção aprovada no 68º Conselho Nacional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que defende a implementação de ações afirmativas específicas para essa população em universidades, institutos federais e CEFETs.

O documento afirma de forma inequívoca que indivíduos transgêneros e travestis historicamente se deparam com obstáculos no sistema educacional, evidenciados por taxas elevadas de abandono escolar, limitado acesso ao ensino superior e significativa exclusão do mercado de trabalho formal.

As informações sobre a distribuição das vagas e os critérios das vagas reservadas serão publicadas em breve no edital do Vestibular EaD 2026 da UEMG.

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A população nas redes sociais celebrou a decisão, que agora insere a Uemg em uma lista com potencial de expansão entre as universidades do Brasil.

As cotas trans nunca foram e nunca serão um privilégio, visando assegurar o acesso à educação para esses indivíduos, considerando que historicamente foram abandonados pela sociedade, enfrentando preconceito, expulsões de moradias, violência e assassinatos. Trata-se de algo estrutural.

Diversas universidades federais e estaduais já implementaram sistemas de cotas trans. Em 2018, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) foi pioneira. Atualmente, 14 universidades federais e cinco universidades estaduais utilizam essa modalidade no país, incluindo a Universidade Federal do Sul da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do ABC, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFF), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade de Rondônia (Unir), Universidade Federal de Sergipe, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Universidade do Estado da Bahia. A Universidade de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual da Paraíba e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia também estão inseridas nesse sistema.

Fonte por: Brasil de Fato

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