UE e Mercosul avaliam acordo de livre-comércio. União Europeia votará sobre acordo com Mercosul, com previsão de conclusão até o final do ano. Ursula von der Leyen pode viajar ao Brasil
Os países da União Europeia devem votar no início da próxima semana para decidir se o bloco aprova o acordo de livre-comércio com o Mercosul, com previsão de conclusão até o final do ano. A Dinamarca, que atualmente lidera a presidência rotativa da UE, divulgou a informação nesta sexta-feira (12).
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As negociações entre a UE e o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai resultaram em um acordo com valores aproximados. No entanto, alguns estados membros da UE expressam preocupações sobre o potencial impacto do aumento das importações nos setores agrícolas.
A Comissão Europeia, responsável pela negociação do acordo, busca a aprovação dos estados membros da UE para que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, possa viajar ao Brasil para a assinatura do acordo. A presidência dinamarquesa planeja realizar a votação na próxima semana, conforme declarado por uma autoridade do governo.
A decisão ainda é incerta.
Para a aprovação, é necessária uma maioria qualificada de 15 estados membros da UE, representando 65% da população total da UE. A Alemanha, Espanha e os países nórdicos são defensores do acordo. Contudo, França e Polônia se opõem, enquanto a posição da Romênia ainda não foi definida.
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Se esses três países, somados a mais um, votarem contra ou se absterem, o acordo será rejeitado.
O Executivo da UE apresentou o acordo em setembro, buscando amenizar a oposição através da inclusão de cláusulas específicas. O Acordo Mercosul-UE é visto como um apoio contra o protecionismo. Defensores do acordo argumentam que ele é essencial para a estratégia de diversificação da UE, visando novos mercados e acesso a minerais, em um contexto de instabilidades geopolíticas, incluindo restrições chinesas às exportações de chips e terras raras.
Alguns diplomatas da UE expressaram preocupação com o tempo, afirmando que a assinatura do acordo nos próximos dias é crucial. A falta de aprovação pode tornar o acordo inviável.
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