Bloco europeu busca cúpula no Brasil para pressionar China e EUA por planos climáticos mais ambiciosos.
A União Europeia defende que a Cúpula Climática COP30, a ser realizada no Brasil em novembro, sirva como plataforma para incentivar a implementação de sistemas de taxação das emissões de CO2. Além disso, o bloco europeu busca corrigir as disparidades entre os objetivos e os cortes de dióxido de carbono estabelecidos por diferentes países, bem como abordar as lacunas existentes em conceitos como resiliência, preparação e adaptação às mudanças climáticas.
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O comissário europeu de Ação Climática, Wopke Hoekstra, enfatizou a importância de “incentivar o mundo a fazer mais em matéria de precificação de carbono”. Ele ressaltou que a Europa, pioneira nessa abordagem há duas décadas, opera com um sistema de comércio de emissões (ETS) que abrange cerca de 11 mil indústrias, com um preço atual de aproximadamente 78 euros por tonelada de dióxido de carbono.
Hoekstra destacou que a União Europeia também pretende expandir o sistema de comércio de emissões para incluir edifícios e transporte rodoviário. O democrata-cristão holandês acrescentou que o fórum climático deve abordar “de maneira concreta as lacunas que existem nas contribuições nacionalmente determinadas”, ou seja, os planos climáticos dos países.
A Europa tem o direito de exigir que grandes emissores aumentem seus esforços de redução de emissões, segundo Hoekstra. Ele observou que, embora a União Europeia esteja fazendo mais do que o esperado, muitos países ainda não entregaram seus planos climáticos atualizados, incluindo a China, o maior emissor mundial, responsável por 30% das emissões globais.
A União Europeia pretende reduzir suas emissões de CO2 entre 66,25% e 72,5% até 2035 em relação a >
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1990. Isso representaria uma trajetória linear com um corte de 55% para 2030 e uma redução de 90% para 2040. No entanto, os objetivos ainda estão sendo debatidos pelos líderes da UE e negociados pelos ministros do Meio Ambiente dos Vinte e Sete.
Além da precificação do carbono e da revisão dos planos climáticos, a União Europeia também busca abordar as lacunas em resiliência, preparação e adaptação, especialmente em um contexto geopolítico desafiador. A mudança climática exige ação imediata, segundo Hoekstra.
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