Tuberculose: Um Problema Latente no Brasil
A tuberculose continua sendo um desafio de saúde pública no Brasil, apesar de seu histórico como uma doença controlada. Em 2023, foram registrados 85 mil casos e 6 mil mortes, consolidando a tuberculose como uma das doenças infecciosas mais letais no país.
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Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha lançado a Estratégia Fim da Tuberculose em 2014, com o objetivo de erradicar a doença até 2035, o Brasil enfrentou uma tendência contrária, com o aumento da incidência desde 2015. Essa situação expõe desafios significativos no combate à doença, especialmente no contexto das prisões.
Desafios no Sistema Prisional
A relação entre o encarceramento e a tuberculose é um ponto crucial. Estudos apontam que a superlotação carcerária, combinada com condições precárias e acesso limitado à triagem e tratamento, contribuem para um ambiente de alto risco para a disseminação da doença.
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Em 2024, o Brasil registrou a segunda maior incidência de tuberculose no país, com 75,3 casos a cada 100 mil habitantes, e 18 mil registros, o maior número absoluto no país. A prevalência de tuberculose entre presos é 26 vezes maior que na população geral, conforme apontado por pesquisadores da Fiocruz Bahia e da Universidade de Yale.
Impacto Social e Econômico
A tuberculose é considerada uma doença “determinada socialmente”, ligada à pobreza e à desigualdade social, assim como a hanseníase e a doença de Chagas. O encarceramento em massa agrava essa situação, afetando não apenas os presos, mas também a saúde da comunidade em geral.
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A superlotação carcerária gera perdas econômicas e afeta desproporcionalmente grupos socialmente marginalizados. A Deutsche Welle, emissora internacional alemã, destaca a importância de abordar essa questão de forma abrangente, buscando alternativas eficazes ao encarceramento em massa.
Medidas de Combate e Perspectivas Futuras
Apesar dos desafios, o Brasil tem investido em medidas de combate à tuberculose, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de RNA, que pode ser aplicada em idades mais elevadas. O tratamento, que é gratuito no país, também é um dos principais gargalos, devido à complexidade do regime de administração e à duração de 6 meses.
No entanto, o Brasil tem apostado no aumento da detecção na população geral e no tratamento preventivo entre contatos de pessoas com tuberculose. A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, como a vacina de RNA, representam um passo importante para o futuro do combate à tuberculose no país.