TST propõe acordo para greve dos Correios: reajuste salarial e ACT com 79 cláusulas. Negociações buscam fim da greve em 9 estados.
Em resposta à greve indefinida dos sindicatos dos Correios, que atinge nove estados brasileiros, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho (ACT) para o período 2025/2026. A iniciativa visa mediar a situação entre a empresa estatal e os trabalhadores, buscando uma solução consensual que garanta a continuidade dos serviços públicos.
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A greve, iniciada em 17 de setembro, é motivada por questões como a falta de um acordo coletivo e o reajuste salarial da categoria.
A proposta do TST inclui a assinatura imediata do ACT, com a renovação de 79 cláusulas, excluindo os parágrafos 2º e 9º da cláusula 55ª, referentes ao ticket adicional. Além disso, a proposta prevê um reajuste salarial de 5,13% a partir de janeiro de 2026, com pagamento a partir de abril de 2026, incluindo os valores retroativos.
A partir de agosto de 2026, a proposta estabelece a aplicação de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC), referente ao período de agosto de 2025 a julho de 2026. A vigência do ACT será fixada por dois anos, e a proposta também inclui a definição de regras para horas extras incidentes sobre o Repouso Semanal Remunerado.
A greve dos Correios, que já atingiu o seu quarto dia, tem como foco a reivindicação de reajuste salarial com reposição da inflação, a manutenção de direitos históricos do ACT, o adicional de 70% nas férias, 200% para trabalho aos fins de semana e um “vale-peru” de R$ 2.500. Atualmente, cerca de 91% do efetivo da empresa está em atividade, com a adesão à greve sendo parcial e localizada, concentrada principalmente nos estados do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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A empresa adotou medidas contingenciais para mitigar os impactos operacionais, garantindo a continuidade dos serviços essenciais à população.
Após a apresentação da proposta, as federações representativas dos empregados deverão avaliar o documento em assembleias. Caso a proposta seja aprovada, uma audiência será realizada na próxima semana em Brasília para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho.
Caso seja rejeitada, o processo retornará ao vice-presidente do TST para novas negociações. A empresa reafirma seu compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos.
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