TST encerra greve dos Correios: fim da paralisação e reajuste salarial de 5,10%

TST encerra greve dos Correios com reajuste salarial e reestruturação. A decisão determina fim da paralisação e reajuste de 5,10% para os trabalhadores

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(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) encerrou o julgamento do dissídio coletivo entre os Correios e seus funcionários nesta terça-feira (30). A decisão determina o fim imediato da greve, com o retorno dos trabalhadores a partir de quarta-feira (31), e um reajuste salarial de 5,10%.

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A corte também estabeleceu o desconto parcelado dos dias de trabalho não cumpridos devido à mobilização.

Divergências no Plenário

Durante o julgamento, houve divergências entre os ministros do TST. A ministra Kátia Magalhães Arruda, relatora do caso, votou pela manutenção das cláusulas preexistentes no acordo coletivo, indeferindo pedidos dos sindicatos relacionados a temas não contemplados no acordo de 2024/2025, como adicional noturno, anuênios e redução de jornada ou trabalho remoto.

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A ministra Maria Cristina Peduzzi discordou parcialmente, considerando a greve como “abusiva” e defendendo a revisão de despesas trabalhistas, dada a situação financeira dos Correios.

Impacto da Greve e Reação da Empresa

A advogada dos Correios, Anne Carolina de Medeiros Rios, informou que, até o final de segunda-feira, 7,5 milhões de cargas estavam represadas devido à paralisação. Ela destacou a “grave crise financeira” e o prejuízo acumulado da estatal. A empresa planeja uma economia anual de R$ 2,1 bilhões com a otimização do quadro de funcionários e a gestão de benefícios.

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Medidas de Reestruturação e Financiamento

Para alcançar essa economia, os Correios implementam um programa de demissão voluntária para até 15 mil empregados, revisam cargos de média e alta remuneração e reavaliarão os planos de saúde e previdência. A estatal também planeja fechar cerca de mil unidades físicas, gerando uma economia adicional de R$ 2,1 bilhões por ano.

A estratégia de reestruturação visa captar até R$ 20 bilhões, com o empréstimo já contratado, restando cerca de R$ 8 bilhões para atingir o montante necessário.

Conclusão

A decisão do TST marca o fim da greve dos Correios e estabelece um novo marco para a negociação entre a empresa e seus funcionários, com foco na reestruturação financeira e na otimização do quadro de pessoal.

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