O Tribunal Superior do Trabalho (TST) agendou uma sessão extraordinária para a próxima terça-feira (30) com o objetivo de julgar um dissídio coletivo entre os Correios e seus funcionários. A decisão foi tomada mesmo durante o período de recesso do Judiciário.
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O presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, considerou que a greve dos Correios impacta significativamente a prestação de serviços, especialmente durante o período de festas de fim de ano, quando a demanda da estatal aumenta.
Rodada de Negociações Antecipada
Antes do julgamento, o tribunal promoverá uma nova rodada de negociações na segunda-feira (29) às 14h30, buscando evitar que o caso vá para a seção de dissídios. Essa reunião visa tentar um acordo entre as partes.
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Dissídios Coletivos e Decisões do TST
Um dissídio coletivo é uma ação judicial que visa resolver conflitos entre trabalhadores e empregadores quando não há acordo em negociações coletivas. O TST analisa o impasse e pode determinar as condições a serem aplicadas, valendo para toda a categoria.
Posições dos Sindicatos
Em uma recente votação, 18 sindicatos se posicionaram contra as propostas, enquanto 16 os aprovaram. As propostas incluem recomposição salarial de 5,13%, a partir de janeiro, com pagamento a partir de abril de 2026, e correção com 100% do INPC a partir de agosto do ano seguinte.
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A Fentect e a Findect resistiram às propostas. A Fentect criticou a empresa, alegando que ela “continua intransigente e insiste em jogar nas costas dos trabalhadores a conta da má administração”. A Findect, por sua vez, defendeu que qualquer acordo só será alcançado com a decisão da categoria.
Situação Financeira dos Correios
No primeiro semestre, a estatal registrou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões, três vezes maior que o resultado do mesmo período de 2024, quando o balanço havia ficado em R$ 1,3 bilhão no vermelho.
Diante da situação financeira, os Correios apresentaram um plano de reestruturação para garantir a estabilidade da empresa nos próximos 12 meses, incluindo um programa de demissão voluntária, remodelagem dos planos de saúde e venda de imóveis.
O Tesouro Nacional aprovou uma operação de crédito de até R$ 12 bilhões para os Correios, com taxa de juros de 115% do custo de captação. A estatal poderá utilizar R$ 5,8 bilhões em 2025, limitado ao déficit primário.
