Trump vê Brasil como parceiro e tarifa reduzido nos EUA, diz Faesp
Tirso Meirelles afirma que Trump reconhece “Brasil como parceiro” e defende dar “oportunidade” à relação bilateral.
Presidente da Faesp Enfatiza Importância do Diálogo entre Brasil e EUA
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, declarou que a redução da sobretaxa de exportação imposta pelo governo americano, liderado por Donald Trump (Partido Republicano), não dependerá do aumento dos preços de produtos brasileiros nos Estados Unidos, como o café, mas sim da construção de uma relação de parceria entre os governos.
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Em entrevista à sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Brasília, Meirelles afirmou que Trump está demonstrando sensibilidade à questão, mas que a chave para o desarmamento das tarifas reside na abertura de um canal de diálogo efetivo.
As tarifas são aplicadas na entrada de bens no mercado americano, especialmente de produtos do agronegócio. Trump utiliza o argumento de que protege a indústria local.
No caso do café, como mencionado por Meirelles, e de outros produtos agrícolas, essas tarifas podem elevar o custo para os importadores. Eles precisam pagar mais para levar o café brasileiro ao país, e esse valor adicional geralmente é repassado ao consumidor, tornando os produtos importados mais caros.
As tarifas prejudicam a competitividade do café brasileiro no mercado americano em relação a países como Vietnã e Colômbia, que, segundo Meirelles, têm aumentado o valor agregado de seus produtos.
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Diálogo Bilateral e Solicitação de Redução de Tarifas
Em 6 de outubro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump tiveram uma conversa telefônica de aproximadamente 30 minutos, classificada como amistosa pelo Palácio do Planalto.
Durante o diálogo, Lula solicitou a redução da sobretaxa aplicada a produtos brasileiros e a revogação das sanções impostas a autoridades nacionais, como o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Meirelles disse que a construção de uma relação de diálogo é importante porque, sem ela, os porta-vozes brasileiros enviados aos EUA para negociar redução das tarifas não tiveram êxito. O que ele acredita que vai mudar.
“Antes nós já encaminhamos uma pessoa aos EUA para que pudesse conversar com as autoridades americanas, principalmente para os pequenos e médios produtores –como o pescado, como o mel, como o café– mas não tivemos muito sucesso. Agora eu acredito que deverá ser deliberado mais facilmente”, declarou.