Trump solicita que Herzog perdoe Netanyahu por acusações de corrupção
Apelo urgente ao presidente de Israel nesta segunda-feira; julgamento do primeiro-ministro israelense teve início em 2020.

Presidente Trump Sugere Perdão a Netanyahu em Discurso no Knesset
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), fez um apelo para que o presidente de Israel, Isaac Herzog, perdoasse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita), que enfrenta um julgamento por acusações de corrupção, fraude e quebra de confiança em um escândalo envolvendo a aceitação de presentes de luxo. A sugestão foi apresentada durante um discurso no Knesset, o parlamento israelense, na segunda-feira (13.out.2025).
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“Tenho uma ideia: por que você não perdoa Netanyahu?”, declarou Trump.
O discurso, que durou mais de uma hora, também incluiu comentários sobre os presentes de luxo que Netanyahu supostamente recebeu: “Quem se importa com charutos e champanhe?”. O comentário gerou aplausos no Knesset.
Reiteração da Sugestão por Trump
Esta não é a primeira vez que Trump aborda o assunto. Em junho deste ano, o presidente dos EUA pediu que Israel encerre o julgamento de corrupção contra Netanyahu ou conceda perdão imediato ao líder israelense. Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que Netanyahu estaria sendo alvo de uma “caça às bruxas” e que o processo seria politicamente motivado.
Detalhes do Julgamento e Acusações
O julgamento de Netanyahu começou em 2020 e envolve acusações de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos distintos apresentados em 2019: Caso 1000, Caso 2000 e Caso 4000. O premiê nega todas as acusações e afirma que há perseguição por parte da imprensa e do Judiciário. O julgamento já foi adiado diversas vezes por pedidos da equipe jurídica do premiê israelense. Se considerado culpado, Netanyahu pode ser condenado a até 10 anos de prisão e/ou pagamento de multa.
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Descrição das Acusações
Caso 1000: Conhecido como o caso dos “presentes”, o primeiro-ministro é acusado de fraude e quebra de confiança e envolve suspeita de que Netanyahu e Sara, sua esposa, Sara Netanyahu, tenham recebido presentes luxuosos dos empresários Arnon Milchan, produtor israelense de filmes de Hollywood, e do bilionário australiano James Packer, em troca de favores políticos (liberação de visto americano e aprovação de leis).
Caso 2000: Netanyahu também é acusado de fraude e quebra de confiança por negociar com o principal diário de Israel, Yedioth Ahronoth, uma cobertura favorável em troca de legislação que retardaria o crescimento de um jornal rival.
Caso 4000: O premiê israelense é acusado por fraude, quebra de confiança e suborno; suspeito de conceder favores regulatórios à principal empresa de telecomunicações de Israel, Bezeq Telecom Israel, em troca de uma cobertura positiva dele e de sua esposa em um site de notícias controlado pelo ex-presidente da Bezeq.