Trump repete exigência pela premiação do Nobel da Paz, segundo análises

Maria Corina Machado Vence Prêmio Nobel da Paz

A líder da oposição da Venezuela, Maria Corina Machado, de 58 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (10). A premiação reconhece seu trabalho contínuo na defesa dos direitos democráticos do povo venezuelano e sua luta por uma transição justa e pacífica do regime autoritário para a democracia, conforme declarado pelo Comitê Norueguês do Nobel.

Em diversas ocasiões, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu que ele próprio deveria ser o laureado do prêmio, inclusive durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 23 de setembro.

Especialistas argumentam que Trump não foi selecionado devido ao impacto de suas ações na ordem internacional, conforme avaliado pelo comitê responsável pela escolha do vencedor.

No total, 338 nomes foram indicados ao prêmio de 2025, incluindo 244 indivíduos e 94 organizações. A lista de indicados permanecerá em sigilo por um período de 50 anos.

Asle Sveen, historiador da premiação, explicou que as ações do presidente americano diminuíram suas chances de receber o Nobel, citando o apoio a Israel durante o conflito na Faixa de Gaza e os esforços de aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin.

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O testamento de Alfred Nobel, base do prêmio, estabelece que o prêmio deve ser concedido à pessoa “que mais ou melhor fez para promover a camaradagem entre as nações”.

Nina Graeger, diretora do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, afirmou que Trump não está alinhado com esse princípio, mencionando suas ações, como a retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde e do Acordo de Paris sobre o clima, além de iniciar uma guerra comercial.

Graeger ressaltou que a concessão do Prêmio Nobel da Paz a Trump poderia atrair atenção desnecessária para o prêmio e para a Noruega, potencialmente prejudicando a reputação do Comitê Nobel.