Trump propõe plano com cessar-fogo e condições para Israel e palestinos

Plano de Paz Proposto por Trump Desencadeia Ceticismo e Esperança em Gaza

Os moradores de Gaza receberam o plano de paz, apresentado pelos Estados Unidos, com ceticismo e apreensão, enquanto em Israel, a proposta despertou uma esperança cautelosa de que o conflito de quase dois anos possa finalmente chegar a um fim. A iniciativa, lançada pelo presidente Donald Trump ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca, exige um cessar-fogo, a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a retirada gradual de Israel da Faixa de Gaza.

Reações Divididas em Gaza

Em Gaza, a recepção ao plano foi marcada por um sentimento de desconfiança. Ibrahim Joudeh, de 39 anos, que vive em um abrigo humanitário em Al Mawasi, expressou seu ceticismo: “É claro que este plano é pouco realista. Estados Unidos e Israel sabem que o Hamas nunca aceitará estas condições, o que significa que a guerra e o sofrimento continuarão”. Abu Mazen Nassar, de 52 anos, também demonstrou pessimismo, temendo que o plano fosse uma manipulação para enganar as facções armadas palestinas, sem oferecer garantias reais de paz.

Esperança Cautelosa em Israel

Em Israel, a proposta gerou uma onda de otimismo cauteloso. Hannah Cohen, tia de Inbar Hayman, uma das reféns assassinadas, expressou seu medo de ser decepcionada, mas também a esperança de que o plano possa levar ao retorno dos reféns. Gal Goren, cujos pais morreram durante o ataque do Hamas, também manifestou uma esperança cautelosa, desejando que o conflito termine e que os reféns retornem para casa.

Visão para o Futuro

Aviv, um advogado de 28 anos, expressou o desejo de ver uma administração internacional no território palestino, sem o apoio do grupo Hamas. A iniciativa de Trump, que inclui a desmilitarização do Hamas e a retirada israelense de Gaza, representa um esforço para alcançar uma solução duradoura para o conflito. O balanço da AFP aponta que o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 causou a morte de 1.219 pessoas, a maioria civis, e que a ofensiva de Israel já deixou pelo menos 66.055 palestinos mortos, também civis em sua maioria.

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