Trump oferece US$ 2.500 para menores migrantes retornarem ao país de origem
Programa garante pagamento a crianças desacompanhadas que retornam ao país após decisão judicial. Leia na íntegra no Poder360.

Oferta do Governo Trump para Menores Migrantes Desacompanhados
O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano), está oferecendo US$ 2.500 (cerca de R$ 13.300) a menores migrantes desacompanhados que optarem por retornar voluntariamente ao seu país de origem.
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Uma carta enviada a abrigos de migrantes revela a oferta e o valor. Autoridades do DHS (Departamento de Segurança Interna) confirmaram a medida, embora não tenham divulgado o valor exato.
De acordo com o documento, o pagamento será realizado após a aprovação do pedido por um juiz de imigração e a chegada da criança ao país de origem.
O programa se destina inicialmente a adolescentes de 17 anos e maiores de 14 anos que manifestem interesse em sair. Menores do México não estão incluídos, mas aqueles que já haviam declarado vontade de partir voluntariamente até a data da carta serão atendidos.
Essa iniciativa amplia programas anteriores do governo Trump que ofereciam incentivos financeiros para deportações voluntárias. Em versões anteriores, o subsídio era de US$ 1.000.
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Em junho, o Departamento de Estado garantiu US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) ao DHS para financiar a iniciativa.
Organizações de defesa de direitos de crianças migrantes criticaram a política. Wendy Young, presidente da Kids in Need of Defense, afirmou que a iniciativa “coage crianças a desistirem de direitos de asilo”.
O governo enfrenta contestação judicial sobre deportações de menores. Um tribunal federal ordenou recentemente que não sejam removidos jovens guatemaltecos com processos de asilo pendentes enquanto o litígio estiver em curso.
Dados oficiais indicam que mais de 600 mil crianças desacompanhadas cruzaram a fronteira entre EUA e México desde 2019. No momento da carta, cerca de 2.100 menores estavam sob custódia do HHS (Departamento de Saúde e Serviços Humanos).
Trump mantém uma política de imigração mais rígida neste segundo mandato. Em maio, impôs ao ICE (Serviço de Alfândega e Imigração) a meta de 3.000 detenções diárias, totalizando 1 milhão por ano.
Em 12 de agosto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que a administração já havia efetuado mais de 300 mil prisões de imigrantes em situação irregular.
Em 29 de agosto, a juíza federal Jia Cobb suspendeu temporariamente a ampliação das deportações imediatas de imigrantes sem documentos promovida pelo governo Trump.